Constance Marten e Mark Gordon, o casal detido no Reino Unido que escapava às autoridades desde o início de janeiro, foi na sexta-feira ouvido em tribunal. As autoridades terão referido a criança encontrada como “Victoria”, filha de Constance e Mark.

Ambos marcaram presença no tribunal de Crawley, onde responderam perante os crimes de homicídio por negligência grave, ocultação do nascimento de uma criança e perturbação do exercício da justiça, conta o The Independent. Os dois terão falado apenas para confirmar os seus nomes, datas de nascimento e não possuírem residência fixa.

Autoridades do Reino Unido encontram restos mortais de bebé perto do local onde casal foi detido

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As autoridades acreditam que a criança “estaria morta há várias semanas” antes de ser encontrada perto de Brighton. A polícia britânica ainda não conseguiu determinar se os restos mortais pertencem a um menino ou a uma menina, e tampouco conseguiram determinar a causa de morte.  Embora, segundo escreve o Independent, a bebé tenha sido referida em tribunal como “Victoria”, filha do casal, o Washington Post explica que a criança ainda não foi formalmente identificada.

Desde a detenção do casal até à descoberta dos restos mortais de um bebé, mais de 200 agentes da polícia fizeram parte dos esforços para encontrar a criança, nos arredores de Brighton.

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Constance Marten, de 35 anos (D) e Mark Gordon, de 48 anos (E)

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No dia 5 de janeiro, Constance Marten, de 35 anos, e Mark Gordon, foram identificados como os ocupantes de um carro que se incendiou numa autoestrada perto de Bolton. Depois de a polícia  encontrar o que seriam os restos de uma placenta, segundo explica o jornal de Washington, as autoridades acreditaram que Constance Marten teria parido recentemente, e desenvolveram igualmente buscas por um recém-nascido. No início de março, “Victoria” foi encontrada pelas autoridades dentro e um saco de plástico, coberta por várias fraldas.

Constance Marten terá vivido de um modo isolado com Mark Gordon, um predador sexual que cumpriu 20 anos de prisão nos Estados Unidos da América. De acordo com o The Sun, a aristocrata, aquando da sua adolescência, terá sido enviada para um complexo perto de Lagos, a capital nigeriana, por um período de seis meses.

Num dormitório com mais 50 raparigas, vigiadas por guardas armados, as jovens, esfomeadas, eram acordadas durante a noite para ler passagens da bíblia, escreve o The Sun. “Ela [Constance Marten] ficava calada quando se falava sobre o seu tempo lá”, afirmou o seu  ex-companheiro, Francis Agolo. “Não sei se algo de mau aconteceu, mas pareceu-me uma experiência traumática.”