A Polícia Judiciária (PJ) indicou, esta quinta-feira, que existiam “suspeitas de maus-tratos e negligência” aos utentes do lar clandestino que encerrou nas Lagameças, em Palmela, no distrito de Setúbal.

Em comunicado, a PJ adianta que efetuou buscas no lar de idosos, em “estreita colaboração” com a Segurança Social, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e o delegado de saúde, “por suspeitas de maus-tratos e negligência aos seus utentes”. “No decurso das diligências foi possível verificar que as instalações onde funciona o referido lar se tratam de edifícios vocacionados para a atividade agrícola e que nada tem a ver com o funcionamento de um lar”, lê-se na nota.

A PJ refere que foram identificados 27 idosos, “alguns a necessitar de cuidados médicos”, que foram encaminhados para unidades hospitalares.

Anteriormente, fonte da PJ tinha indicado à Lusa que um lar clandestino, nas Lagameças, encerrou hoje por falta de condições. A mesma fonte disse que o lar tinha atualmente 25 utentes, dos quais cinco foram transportadas para o Hospital de São Bernardo, em Setúbal. Dos restantes utentes, uns ficaram ao cuidado de familiares, enquanto outros foram encaminhados para outros lares, acrescentou.

Ainda de acordo com a fonte da PJ, o lar clandestino já estava sob investigação policial há algumas semanas por suspeitas de incumprimento das condições mínimas para o exercício da atividade.

*Notícia atualizada às 19h23 de 9 de março de 2023 com mais informações sobre a operação da PJ

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