O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac) disse esta quinta-feira que o ministro das Infraestruturas, João Galamba, mostrou “preocupação quanto ao plano de reestruturação em curso”, apelando à “paz social”, segundo um comunicado.
O Sintac adiantou que foi convocado para uma reunião com o governante, esta semana, em conjunto com outras organizações representativas dos trabalhadores da transportadora, tendo sido informado de que “a destituição da atual CEO [presidente executiva, Christine Ourmières-Widener] ainda em funções, segue os procedimentos legais para a efetivação da sua saída” e que “por outro lado a desvinculação do novo CEO da SATA [Luís Rodrigues] já estará a decorrer, pelo que, a previsão de entrada em funções não ocorrerá antes do mês de abril 2023”.
Além disso, destacou o sindicato, o ministro “mostrou a sua preocupação quanto ao plano de restruturação em curso”, apontando o processo de negociação dos acordos de empresa e apelando a “que vise a desejada paz social, pois sem este fator resolvido torna-se difícil atingir os objetivos”.
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Quanto a este tema, o Sintac informou Galamba que “no que toca à negociação dos acordos de empresa” já “fez chegar a sua proposta em conjunto com a plataforma de sindicatos criada que representa parte significativa do universo de trabalhadores”.
Por fim, “ultrapassado o pressuposto da paz social” o ministro disse, segundo a organização sindical, “que uma das grandes exigências na privatização da TAP” é garantir “que o “hub” de Lisboa fique assegurado pelos interesses estratégicos que a TAP representa”.
A 9 de março, o ministro das Infraestruturas disse que o Governo quer que a ainda presidente executiva da TAP cesse funções “o mais rapidamente possível”, mas não está ainda decidido quem fica ao comando até à chegada do novo CEO, em abril.
“Essa matéria ainda não foi decidida, [quem fica na liderança até à chegada do novo presidente executivo – CEO], mas a ideia é que a CEO da TAP deixe de desempenhar funções o mais rapidamente possível“, afirmou João Galamba aos jornalistas.
Na sequência do relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre o processo de rescisão da TAP com Alexandra Reis, que apontou falhas graves, o Governo decidiu demitir o presidente do Conselho de Administração da companhia aérea, Manuel Beja, e a presidente executiva (CEO), Christine Ourmières-Widener.