Advogados de primeira linha, advogados de topo, escritório de advogados de renome. A expressão muda, mas a ideia é repetida pelos três intervenientes do caso TAP — os dois gestores que o Estado quer demitir e a antiga administradora a quem foi exigida a devolução dos montantes pagos. Christine-Ourmières Widener, Manuel Beja e Alexandra Reis atiram responsabilidades do acordo que assinaram para os assessores jurídicos que lhes indicaram o caminho que veio a ser considerado nulo pela Inspeção-Geral de Finanças. Se nos romances policiais, o mordomo é o culpado (ou pelo menos o suspeito), no enredo da TAP são os advogados que estão colocados nesse papel.

O Governo é mais cauteloso na avaliação do protagonismo dos advogados. A TAP foi mal assessorada? “É uma pergunta que devia fazer à TAP. Quando um escritório de advogados ignora um facto elementar que é o de aquela empresa ser uma empresa pública, parece-me que sim”. Em resposta aos jornalistas, o ministro das Infraestruturas, João Galamba, foi assertivo sobre as falhas graves imputadas aos gestores da TAP, mas nem tanto em relação aos assessores jurídicos da transportadora e de Alexandra Reis que negociaram a solução arrasada na auditoria da Inspeção-Geral de Finanças.

João Galamba admite que relatório da IGF “identificou falhas graves” que justificam demissão de Christine Ourmières-Widener

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