Os seis homens detidos na quarta-feira em Albufeira por suspeita de tráfico de droga, numa operação que levou à apreensão de 1,2 toneladas de cocaína, ficaram em prisão preventiva, adiantou esta sexta-feira o Ministério Público (MP).
Segundo uma nota divulgada esta sexta-feira pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que dirige a investigação com o apoio da diretoria do Sul da Polícia Judiciária (PJ), os seis arguidos comparecerem para o primeiro interrogatório judicial no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, no qual lhes foi aplicada a medida de coação mais pesada, tal como tinha sido pedido pelo MP.
Além da apreensão de mais de uma tonelada de cocaína, as autoridades apreenderam ainda cerca de um milhão de euros em dinheiro, um veículo pesado de mercadorias, outros objetos e documentos.
Apreendidas em Albufeira 1,2 toneladas de cocaína e detidos seis homens
Os seis detidos têm diversas nacionalidades (portuguesa, brasileira, croata e italiana) e são suspeitos dos crimes de tráfico de estupefacientes agravado e de associação criminosa.
Há indícios de os detidos fazerem parte de uma organização internacional de caráter criminoso que se dedica a transportar grandes quantidades de cocaína por via marítima desde a América do Sul, onde é produzida, para a Europa, com entrada por Portugal”, pode ler-se na nota de imprensa.
Segundo informação divulgada pela PJ na quinta-feira em conferência de imprensa, o grupo pertence a “uma rede bastante poderosa” e que teria uma base logística no Algarve, sendo Portugal uma “porta de entrada” para a posterior distribuição na Europa.
Grupo de traficantes detido em Albufeira pertence a rede “bastante poderosa”, diz PJ
Estamos perante, de facto, de uma rede bastante poderosa, quer a nível logístico e de controlo do próprio produto estupefaciente, até chegar aos mercados finais e, sobretudo, de uma rede que tem um poder financeiro muito, muito grande para poder ter acesso a estas quantidades”, referiu o responsável pela diretoria do Sul da PJ, Fernando Jordão.
De acordo com Fernando Jordão, está também a ser investigado se esta rede tem conexões a outras a operar no país, eventualmente com os grupos que têm vindo a aumentar o tráfico de haxixe ao largo do Algarve.