A Marinha negou, esta segunda-feira, ter apagado qualquer prova de avarias no navio Mondego e alegou que algumas das reparações contaram com a participação dos militares que se tinham recusado a embarcar para uma missão na Madeira.

“A Marinha refuta cabalmente que tenha apagado qualquer prova”, lê-se num comunicado divulgado pelo ramo. No texto é referido que “a inspeção realizada confirma as avarias em questão que, contudo, não eram impeditivas do cumprimento da missão em segurança”.

A Marinha acrescenta que “o navio prossegue a sua preparação” e que “algumas das avarias foram, inclusive, reparadas com a participação dos militares que destacaram do navio na semana passada”. “Atualmente, o NRP Mondego está a realizar uma ação de treino, na Zona Marítima da Madeira, que serve também para integrar os novos elementos da guarnição, que foi rendida em parte significativa”, lê-se no texto.

Defesa de militares do navio Mondego alega haver “indícios de prova apagados” pela Marinha

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O Ministério Público suspendeu a audição dos 13 militares que se recusaram embarcar no navio Mondego na noite do passado dia 11, alegando questões de segurança, por decisão da procuradora para analisar o processo com mais detalhe, anunciou a defesa esta segunda-feira.

Os militares em causa iam ser ouvidos pela Polícia Judiciária Militar (PJM), em Lisboa, no âmbito de inquérito criminal após participação feita pela Marinha.

Os advogados dos 13 militares do navio Mondego alegam que “há indícios de prova que foram apagados” pela Marinha e vão pedir diligências de prova.

Fonte ligada à defesa adiantou à agência Lusa no domingo que “há indícios de prova que estão a ser apagados” e que o navio Mondego “foi todo limpo” na quarta-feira, antes da ida ao local de duas televisões. Um avião carregado de material terá voado até ao Funchal para permitir reparações no navio, acrescentou.

A fonte referiu que a Marinha Portuguesa sustenta que o navio Mondego estava em “condições de partir” para o mar e que isso é “comprovado por uma inspeção”. Só que a dita inspeção foi feita pela Marinha, sem a presença de quaisquer outras entidades, e com base nisso se “começaram a fazer reparações a bordo do navio”, disse.