A Google está a expandir os testes do Bard, o serviço experimental de conversação baseado no modelo de linguagem que desenvolveu. Esta criação da tecnológica é vista como um rival ao ChatGPT, desenvolvido pela californiana OpenAI.
“Estamos a começar a abrir o acesso ao Bard, um serviço experimental que o deixa colaborar com inteligência artificial generativa”, diz a Google numa publicação no seu blog, assinada por dois executivos da companhia, Sissie Hsiao e Eli Collins. “Vamos começar com os Estados Unidos e Reino Unido e vamos expandir a mais países e idiomas ao longo do tempo.”
Desde que foi anunciado, no início de fevereiro, a Google só tem mostrado as interações com o Bard em demonstrações já gravadas. E, ao contrário do ChatGPT, que pode ser testado por qualquer pessoa, o serviço da Google só estava ao alcance de um grupo de teste composto por utilizadores de “confiança”.
A partir desta terça-feira, quem está nos Estados Unidos ou no Reino Unido vai poder juntar-se a uma lista de espera para poder interagir com o Bard. Não vai ser possível aceder à lista de espera com contas Workspace, chamado Gmail para empresas, ou a menores de idade.
A Google explicou ao The Verge que a disponibilização deste serviço conversacional deverá ser “lenta” e não apresentou uma data para o acesso generalizado.
Na publicação no blog há novidades nas imagens partilhadas. Numa delas, é visível que a tecnológica incluiu mais avisos para lembrar aos utilizadores que o Bard é um teste. A palavra “experiment” vai estar ao lado do nome do serviço, numa cor diferente, e também será apresentado um ecrã a dizer “o Bard é uma experiência”. “Quando estiver a testá-lo, por favor lembre-se de que o Bard não vai estar sempre certo”, é possível ler numa das imagens, onde é ainda referido que pode dar “resposta imprecisas ou inapropriadas”.
A empresa apresentou mais imagens da interação com o BardA tecnológica explica que o Bard poderá ser usado para “aumentar a produtividade, acelerar as ideias e alimentar a curiosidade”. Este serviço foi desenvolvido a partir do LaMDA, o modelo de linguagem para aplicações de diálogo desenvolvido pela Google. Na altura do lançamento, a empresa explicou que o Bard estava a ser lançado “inicialmente” com uma versão mais simples do modelo de linguagem. A Google explicou que isso fazia com que fosse necessário menos poder de computação e permitindo consequentemente “escalar para mais utilizadores”.
O Bard é a resposta da Google à popularidade do ChatGPT, um serviço conversacional que assenta no modelo de linguagem desenvolvido pela OpenAI. Em novembro, quando foi lançado, funcionava com o modelo GPT-3.5. Na semana passada, a empresa revelou a evolução do modelo de IA, apresentando o GPT-4.