António Horta Osório, que foi presidente do Credit Suisse entre maio de 2021 e janeiro de 2022, vendeu as ações que detinha no banco no ano passado, segundo confirmou à Sábado, sem indicar o mês em que o fez nem o valor da transação, escapando assim às perdas sofridas pelos acionistas pelo colapso da instituição bancária.

De acordo com a revista, as ações foram compradas no período em que o gestor português liderou o banco — que foi agora adquirido pelo UBS — como forma de dar um sinal público de confiança na instituição. Horta Osório adquiriu um milhão de euros em ações logo quando chegou ao banco e passados três meses comprou mais ações também no valor de um milhão de euros, a que se juntou uma quantidade não divulgada recebida a título de salários.

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O colapso do Credit Suisse provocou perdas significativas para os acionistas, mas Horta Osório conseguiu evitá-las. Fonte oficial do gestor confirma à Sábado que o português vendeu todas as ações em 2022, depois de ter saído do banco — de onde se demitiu por ter quebrado, por duas vezes, as regras da pandemia em vigor. Numa delas viajou da Suíça, onde vivia, para o Reino Unido, sem cumprir as regras de quarentena no país de destino. Na outra, meses depois, saiu da Suíça sem ter cumprido as regras de confinamento a que estava obrigado por ter regressado dias antes de uma viagem ao Reino Unido.

A Sábado acrescenta que embora tenha vendido as ações antes do colapso do banco, Horta Osório não terá, no entanto, evitado perdas aquando da venda.

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