A Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) reivindica “um novo edifício” ao Governo, por não ter condições para acolher todos os alunos, informou este sábado aquela instituição de ensino superior.

Na sexta-feira, Dia Mundial do Estudante, o presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), Joaquim Brigas, pediu apoio à ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, para a construção de um novo edifício para a Escola Superior de Saúde, no campus de IPG, por falta de capacidade para acolher mais estudantes.

Este apelo decorreu na Assembleia Participativa sobre a implementação da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, organizada pela presidência do Conselho de Ministros em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o Ministério da Educação e o IPG.

“Precisamos de um novo edifício que faça justiça a uma escola que, ano após ano, esgota todas as vagas para todos os seus cursos na primeira fase das candidaturas ao ensino superior”, disse, citado na nota de imprensa, o presidente do IPG, Joaquim Brigas.

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Já “há muito tempo” que não há espaço para os alunos na atual Escola de Saúde, havendo aulas a decorrer, por esse motivo, na Escola de Tecnologia e Gestão, que também “está em crescimento com a recente diversificação da oferta formativa”.

A falta de residências foi outra das dificuldades apontadas pelo presidente do IPG, referindo que muitos estudantes não chegam a ter condições para se matricular.

“Este é um problema estrutural deste Politécnico e o maior entrave ao seu crescimento porque, ao contrário de outras cidades no país, onde andam à procura de estudantes para ocupar as residências, na Guarda não há alojamento condigno a preços acessíveis”, apontou.

A ministra da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, presente no evento, elogiou o trabalho que o IPG tem desenvolvido.

“Parabenizo o Politécnico da Guarda por estar envolvido em três laboratórios colaborativos, por priorizar a contratação de profissionais altamente qualificados, pelo trabalho que tem desenvolvido na transferência de conhecimento para a sociedade e pela sua capacidade de transformar o conhecimento em inovação. As instituições politécnicas têm um papel vital, nomeadamente em regiões de menor demografia, na atração e fixação de pessoas e de empresas”, afirmou, citada na mesma nota, Elvira Fortunato.

O presidente do IPG reforçou o empenho da instituição em continuar a estreitar relações com empresas nas áreas da logística e da tecnologia, aproximando os estudantes à realidade do mercado e respondendo às necessidades do território.

Esta instituição de ensino superior tem trabalhado em conjunto com multinacionais, como é o caso da Noesis e da Fortinet, que têm escritórios no campus do IPG, criou um curso técnico superior profissional (CTeSP) e uma pós-graduação executiva na área da logística, em parceria com empresas da região.

Joaquim Brigas defendeu que o IPG é “a instituição certa” para a realização da Assembleia Participativa, dedicada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de “Educação de Qualidade”, uma vez que o Instituto se “reorientou estrategicamente para a produção de ciência”.

“Ciência essa que, sempre que possível, é produzida para qualificar o tecido social e económico da região, conferindo competitividade ao território, às empresas, às organizações e às autarquias”, reafirmou.

Elvira Fortunato sublinhou que a área governativa da Ciência Tecnologia e Ensino Superior está comprometida com a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e que toda a missão que o Governo assumiu para esta legislatura tem em conta o que está subjacente ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de “Educação de Qualidade”.

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) é integrado por quatro escolas — Superior de Saúde, Superior de Tecnologia e Gestão, Superior de Educação, Comunicação e Desporto e Superior de Turismo e Hotelaria.