A frota de navios da Marinha Portuguesa “não é velha, é velhíssima“, diz ao jornal Público Fernando Melo Gomes, um dos ex-chefes do Estado Maior da Armada contactados pelo jornal. A idade média da frota é de 29 anos, mas há um navio – a corveta António Eanes – que tem 54 anos, quando “um navio com 29 ou 30 anos está na fase de fim de vida, normalmente”, diz o mesmo ex-chefe do Estado Maior da Armada.

Além de Fernando Melo Gomes, que liderou a Marinha entre 2005 e 2010, também o almirante Luís Fragoso (chefe da Armada entre 2013 e 2016) considera que existem “limitações” na gestão da frota, que obriga a comprar “navios em segunda mão” – é o caso, por exemplo, do polémico NRP Mondego, que foi da Marinha Real Dinamarquesa entre 1992 e 2010 e foi comprado por Portugal passando a integrar a frota em 2016, mais de 25 anos depois de ter começado a operar.

“Um navio com 29 ou 30 anos está na fase de fim de vida, normalmente”, afirma o ex-chefe do Estado-Maior da Armada Luís Fragoso.

O tema das condições da marinha portuguesa saltou para o debate público quando, a 11 de março, 13 militares do navio NRP Mondego se recusaram a embarcar numa missão, alegando falta de condições de segurança.

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