Kaden Groves conseguiu a segunda vitória para a Alpecin, Primoz Roglic e Remco Evenepoel conseguiram mais cinco segundos de bonificações estando em constante marcação, João Almeida chegou com o mesmo tempo do que o vencedor. A sexta e penúltima etapa da Volta à Catalunha, com chegada a Molins de Rei, era mais uma oportunidade para agitar a classificação geral. Pouco ou nada mexeu. Assim, ficava tudo reservado para a última tirada em Barcelona, com a subida ao Alt de Begues e seis passagens pelo circuito de Montjuic. Todos os olhos estavam centrados nos chefes de fila de Jumbo e Soudal-Quick Step mas havia mais pontos por definir, sendo que a única camisola que estava aparentemente resolvida era a da juventude.
À semelhança do que tinha acontecido no Tirreno-Adriático, João Almeida “guardou-se” para ter uma etapa mais ao ataque na chegada a Lo Port, com o português a conseguir ficar num último grupo de quatro com o companheiro Marc Soler. Nos últimos metros, numa luta que era também pela liderança da prova, Roglic foi mais forte do que Remco com o português a surgir em terceiro a uma curta distância. Não deu para a vitória na tirada como aconteceu no ano passado em Boí Taüll, serviu para subir ao terceiro lugar da geral com uma boa vantagem em relação a Mikel Landa (Bahrain). Ou seja, e mesmo tendo o azar de um problema técnico a sete quilómetros da primeira etapa a subir, as bonificações faziam diferença mas o pódio era possível.
Still one day to go in this #VoltaCatalunya102 ????.#UAETeamEmirates #WeAreUAE pic.twitter.com/GhoCw19naz
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Era isso que o corredor da UAE Team Emirates tentava defender este domingo, naquela que poderia ser a repetição do resultado alcançado em 2022 quando chegou a liderar a corrida mas caiu para terceiro numa improvável fuga de mais de 100 quilómetros levada a cabo por Richard Carapaz e Sergio Higuita entre Salou e Cambris que mexeu com toda a classificação. Mais do que isso, e a menos de um mês e meio do arranque do Giro (grande objetivo do português na primeira metade da época), seria mais um pódio no World Tour. E esse dado acabava por ser o mais importante a retirar de uma Volta à Catalunha que contava com alguns dos maiores nomes do pelotão internacional à semelhança do Tirreno-Adriático, onde Almeida foi segundo.
No entanto, este domingo quase tudo acabou por funcionar ao contrário para João Almeida no circuito de Montjuic: Remco Evenepoel fez a sua parte e atacou, Primoz Roglic respondeu à altura passando até à frente do belga como que dando um sinal de que não iria facilitar pela liderança mas Soler conseguiu colar nos dois da frente ao contrário do português, que não fechou o espaço, deixou que o mesmo aumentasse e não estava propriamente com um lote de corredores sem grande interesse em agarrar na cabeça do grupo e puxarem até aos fugitivos à exceção da Bora. Com a diferença a chegar a passar já os 30 segundos, colocando em risco a terceira posição da geral, havia dois cenários possíveis: ou não havia entendimento na frente e o grupo seguinte encurtava de forma decisiva o espaço ou o risco de perda do pódio era grande. Valeu ao português os ataques de Remco Evenepoel, que “quebrou” Soler e manteve João Almeida no terceiro lugar.
???? @EvenepoelRemco guanya a @barcelona_cat i @rogla s'emporta la general!
Gràcies per aquest cara a cara tan espectacular!???? @EvenepoelRemco wins at @barcelona_cat and @rogla takes the GC
Thank you for this amazing head to head@soudalquickstep @JumboVismaRoad @BCN_esports pic.twitter.com/igrFfIRUyo— Volta a Catalunya (@VoltaCatalunya) March 26, 2023
????Torna a viure l'últim quilòmetre de la #VoltaCatalunya102. Una nova exhibició de ????????@EvenepoelRemco i ???????? @rogla
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????Relive the last km of #VoltaCatalunya102 pic.twitter.com/FTf2Xl4CGQ
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Apesar do risco nas seis voltas ao circuito de Montjuic, o português, que chegou em 21.º, perdeu apenas cinco segundos para o companheiro espanhol (mais quatro de bonificações), que chegou a 53 segundos dos dois primeiros com a vitória da etapa para Remco e da prova para Roglic. Assim, e à exceção das diferenças nos tempos, não houve alterações no top 10: vitória para Roglic, segunda posição para Remco a seis segundos, terceiro lugar para João Almeida a 2.11, seguindo-se Soler (2.49), Mikel Landa (2.59), Michael Woods (3.03), Giulio Ciccone (3.06), Jai Hindley (3.11), Cian Uijtdebroeks (3.32) e Rigoberto Urán (3.53).
???? Etapa @BCN_esports – @BCN_esports
????Classificació General / GC Classification????
????@rogla – @JumboVismaRoad
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???????? #VoltaCatalunya102????3rd place for @solermarc93 in Barcelona. @JooAlmeida98 secures third overall, with @solermarc93 fourth.
???? We won the team classification. #WeAreUAE pic.twitter.com/xzLd2ME6Ze
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Depois do brilharete no Giro de 2020, a prova que serviu de cartão de visita para a ascensão a outro patamar ao terminar em quarto depois de ter liderado durante quase duas semanas, João Almeida conseguiu o seu primeiro pódio no World Tour ainda pela Deceuninck-Quick Step na Volta aos EAU (terceiro), seguindo-se ainda em 2021 a vitória na Volta à Polónia (além do triunfo no Tour do Luxemburgo, de um escalão mais baixo no calendário internacional). Em 2022, já pela UAE Team Emirates, João Almeida foi terceiro na Volta à Catalunha. Agora, pode conseguir pela primeira vez dois pódios consecutivos no World Tour, depois de ter sido apenas batido por Primoz Roglic (e muito à base das bonificações) no Tirreno-Adriático.
Histórico: João Almeida continua a fazer o impensável e vence a Volta à Polónia