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O Conselho de Segurança das Nações Unidas rejeitou esta segunda-feira um projeto de resolução proposto pela Rússia que pedia ao secretário-geral que estabelecesse uma comissão internacional para conduzir uma investigação sobre as explosões nos oleodutos Nord Stream.

O projeto de resolução reuniu três votos a favor, zero contra e 12 abstenções, falhando em reunir o número necessário de apoio para a sua aprovação.

A Rússia, China e Brasil foram os países que votaram a favor do projeto de resolução. Os ataques aos gasodutos Nord Stream, que não estavam em serviço no momento do incidente, ocorreram em 26 de setembro de 2022 e provocaram duas fugas em cada um deles, todas em águas internacionais.

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Na ausência de veto de um membro permanente, um projeto de resolução sobre questões não processuais requer nove votos a favor para ser adotado, pelo que a Rússia falhou em conseguir o apoio requerido.

A proposta russa – co-patrocinada pela China, Bielorrússia, Venezuela, Coreia do Norte, Nicarágua, Síria e Eritreia – confiava ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a criação de uma comissão de peritos internacionais para analisar o sucedido e identificar os responsáveis pelo ataque e os seus cúmplices.

Na reunião desta segunda-feira, a maioria dos países condenou os ataques aos gasodutos, mas justificou a abstenção com o facto de já existirem três outras investigações em curso, nomeadamente por parte da Alemanha, Suécia e Dinamarca, e defenderam que uma investigação da ONU poderá ser levada a cabo quando as averiguações nacionais forem concluídas.

Contudo, o embaixador russo junto à ONU, Vasily Nebenzya, disse ter “sérias dúvidas quanto à objetividade e transparência das investigações nacionais conduzidas por alguns Estados europeus” e voltou a acusar os Estados Unidos de tentar ocultar a verdade dos factos.

Segundo o representante russo, esses processos de investigação podem durar anos, reforçando as suas suspeitas de que “estão a ser feitos esforços não para esclarecer o que aconteceu, mas para ocultar provas e limpar a cena do crime”.

“Acho que depois da votação de hoje, a suspeita sobre quem está por trás do ato de sabotagem no Nord Stream é óbvia. Aos olhos do mundo inteiro, os Estados Unidos e seus aliados têm feito tudo o que podem para garantir que não haja investigação internacional sobre o que aconteceu”, disse Nebenzya.

Já os Estados Unidos voltaram a rejeitar as “acusações infundadas da Rússia”.