O petroleiro dinamarquês Monjasa Reformer, que tinha sido tomado por piratas, foi encontrado esta quinta-feira pela marinha francesa ao largo da costa de São Tomé e Príncipe. Não há registo de danos no navio, nem na carga. Porém, uma parte da tripulação, composta por 16 pessoas, foi sequestrada.
Quando a embarcação foi localizada, “os piratas já a tinham abandonado e levado consigo uma parte dos tripulantes”, informou a Monjasa, fornecedora de combustíveis marítimos que é proprietária do navio, em comunicado citado pela AP.
#UPDATE A Danish oil tanker seized by pirates has been located in the Gulf of Guinea but a part of its 16-member crew has been kidnapped, the ship's owner Monjasa says.
The Monjasa Reformer was found on Thursday by the French navy off the coast of Sao Tome and Principe pic.twitter.com/MkxbyLF77f
— AFP News Agency (@AFP) March 31, 2023
Os membros da tripulação resgatados estão todos “com boa saúde” e “num ambiente seguro, a receber a devido atenção” após o incidente que é classificado pela Monjasa como “terrível”. O número de pessoas que foram sequestradas não foi revelado, com a proprietária a mencionar somente que os seus “pensamentos” estão com esses indivíduos e com as suas famílias “durante este período stressante”.
Foi a 25 de março, no passado sábado, que piratas subiram a bordo e tomaram o controlo do navio, que se encontrava a aproximadamente 26 quilómetros a oeste do porto de Pointte-Noire (ou Ponta-Negra, em português), na República Democrática do Congo. A Reuters nota que todos os canais de comunicação ficaram, desde logo, em baixo e que os 16 membros da tripulação refugiaram-se numa “sala segura” que existe a bordo do navio.
O navio era operado pela empresa Motec Ship Management — sediada no Dubai e detida pela Mojasa — que foi quem relatou o sequestro ao Maritime Domain Awareness of Trade, um centro de cooperação operado pela marinha do Reino Unido e de França para manter a segurança no Golfo da Guiné. Isto porque, segundo a agência noticiosa, essa região se tornou num foco de pirataria nos últimos anos, embora tenha existido uma redução nos casos registados desde 2021.