Na região espanhola das Astúrias, 35 concelhos registaram, apenas na manhã desta sexta-feira, 121 incêndios florestais, mais 31 do que na noite passada. Segundo as autoridades, a onda de incêndios foi provocada, propositadamente, por incendiários com “conduta criminosa”, deixando 375 pessoas desalojadas na zona oeste das Astúrias e levando ao corte de várias autoestradas, incluindo a que faz ligação com a Galiza.
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116 incendios en 35 concejos⛔️‼️Continua cortada la A-8 en Cadavedo #Valdes‼️
⛔️N-634 en Trevías (Valdés)
⛔️N-632 en Ballota (Valdés)
⛔️As-351 desde Almuña a Merás (Valdés)
⛔️AS-219 hacia Naraval (Tineo) https://t.co/6TKoMccpqp— Principado de Asturias (@GobAsturias) March 31, 2023
As condições meteorológicas, como os ventos fortes, a pouca humidade e as altas temperaturas, que atingiram, esta quinta-feira, níveis recorde (mais de 30º), têm dificultado o combate às chamas, que afetam, sobretudo, os municípios de Allande, Tineo, Villayón e Valdés, a norte de Espanha.
‼️Asturias, en llamas ????.
Hay centenares de incendios activos en todo el Principado, provocados intencionadamente.
Los servicios de emergencia trabajan sin descanso para intentar controlar la situación.https://t.co/EqNRLwPZK9pic.twitter.com/4N3l3dQ2JS
— EM-electomania.es (@electo_mania) March 31, 2023
Durante a madrugada desta sexta-feira, o fogo também atingiu o Monte Naranco, uma serra junto à cidade regional de Oviedo, onde as chamas estavam “descontroladas”, informam os bombeiros ao El Comercio, havendo fortes possibilidades de o fogo danificar os templos católicos de Santa María del Naranco e San Miguel de Lillo, considerados Património da Humanidade pela UNESCO em 1985.
Até agora, segundo o El País, foram mobilizados para esta zona 700 operacionais, incluindo uma Brigada de Reforço de Incêndios Florestais, dezenas de viaturas terrestres, dois aviões de combate a incêndios e cinco helicópteros. Para aumentar a rede de apoio aos desalojados foram criados hospitais de campanha.
Perante este cenário, o ministro dos Assuntos Rurais e Coesão Territorial do Governo das Astúrias, Alejandro Calvo, comentou, nos canais televisivos locais, que os autores por detrás destes crimes “têm conduta criminosa e procuram fazer o maior estrago possível, colocando as pessoas em risco” e que devem ser fortemente condenados.
Também o Presidente das Astúrias, Adrián Bardón, numa publicação na rede social Twitter, acusou os incendiários de serem “verdadeiros terroristas, delinquentes e criminosos”.
Asturias no arde. LA QUEMAN.
Y los responsables son quienes incendian nuestros montes. Son unos criminales, unos delincuentes y como tal serán perseguidos y tratados.
Gratitud infinita para las personas que trabajan en la extinción de los incendios y mi apoyo a los afectados.— ???? Adrián Barbón ???????? (@AdrianBarbon) March 30, 2023
Pedro Sánchez, líder do governo espanhol, também já reagiu, através da mesma rede social, mostrando solidariedade para com as vítimas destes incêndios e agradecendo a prontidão e o trabalho dos bombeiros que lutam contra as chamas.
Acabo de hablar con el presidente @AdrianBarbon para conocer la evolución de los más de 100 incendios que asolan Asturias.
Mi solidaridad con las familias afectadas y mi agradecimiento a quienes luchan contra el fuego.
Precaución. Sigamos las indicaciones de seguridad.
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) March 31, 2023
Sendo Espanha o país com mais área florestal ardida na União Europeia, as autoridades terão proibido o acesso aos trilhos florestais, a circulação de tratores e o uso de maquinarias nas florestas para evitar mais incêndios.