O submarino Arpão larga na terça-feira da Base Naval de Lisboa para participar na iniciativa ‘Mar Aberto’ no Atlântico Sul, até ao início de agosto, com uma guarnição de 35 militares, anunciou esta segunda-feira a Marinha.

Em comunicado, o ramo detalha que este vai ser o primeiro submarino português a realizar uma missão deste tipo, “sendo também a primeira vez que um submarino nacional cruza a linha do Equador” o que pôs “à prova a capacidade logística operacional da Marinha”.

A iniciativa ‘Mar Aberto 23.2’ visa “desenvolver ações de cooperação bilateral e multilateral, e de presença e diplomacia naval, nomeadamente, no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Presenças Marítimas Coordenadas no Golfo da Guiné e Iniciativa ‘5+5 Defesa’, com Marrocos”.

“Durante este período o submarino ‘Arpão’ contribui ainda para a segurança marítima numa área de operações situada no Oceano Atlântico Sul, compreendida entre a costa do Brasil e a Costa ocidental Africana”, referiu a Marinha.

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Durante 120 dias, o submarino vai visitar dois continentes e cinco países: Cabo Verde, Brasil, África do Sul, Angola e Marrocos, “percorrendo mais de 13.000 milhas, totalizando cerca de 2.500 horas de navegação”.

A guarnição será comandada pelo capitão-de-fragata Taveira Pinto.

“A missão do ‘Arpão’ contribuirá para o estreitamento das relações de cooperação militar e diplomáticas entre Portugal e cada um dos países visitados, com especial enfoque nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que este ano decorre na África do Sul e contará com a presença de Sua Excelência o Presidente da República”, lê-se no comunicado.

A Marinha salienta ainda que as “características operacionais do submarino conferem-lhe a capacidade de efetuar patrulhas discretas em qualquer altura do ano e qualquer lugar, garantindo assim que as águas sob soberania ou jurisdição nacional, ou quaisquer outras onde seja requerida a sua presença, possam ter uma garantia extra de segurança da navegação”.