O início do debate instrutório do processo BES/GES, considerado um dos maiores processos da justiça portuguesa, foi adiado para 2 de maio. Só nesse momento os 26 arguidos  — 22 pessoas e quatro empresas — voltam ao tribunal de Monsanto, depois de os advogados de defesa se terem referido ao facto de haver três arguidos que não foram notificados para a sessão desta terça-feira.

Mas o advogado Tiago Rodrigues Bastos colocou ainda outra questão em cima da mesa: os dois arguidos que residem na Suíça, Etienne Cadosch e Michel Creton, e a sociedade Eurofin, e que este advogado representa, não foram notificados para o debate instrutório. “Uns arguidos são tratados de uma forma e outros de outra. Independentemente disso, a notificação tem de ser feita ao arguido”, referiu.

O juiz acabou por adiar o debate instrutório para o início de maio (ficam também agendadas as sessões de dias  3, 4 e 5 de maio).

Além das notificações dos dois arguidos, que se encontram na Suíça, os advogados defenderam que precisam de conhecer o conteúdo da resposta do MP sobre as nulidades apresentadas ao juiz Pedro Santos Correia, que as remeteu posteriormente ao Ministério Público, e defenderam que, legalmente, têm dez dias para o fazer.

Durante pouco mais de meia hora, os advogados apresentaram esta questão ao tribunal logo no início da sessão e, depois de uma pausa de também cerca de meia hora, chegou a decisão: adiamento do debate instrutório para o início de maio pela falta de notificação dos dois arguidos que residem na Suíça.

Neste momento, o processo BES/GES, cujo principal arguido é Ricardo Salgado, antigo presidente do Grupo Espírito Santo (GES), conta com 26 arguidos — 22 pessoas e quatro empresas.

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