O ministro do Ambiente e Segurança Energética italiano disse que no primeiro dia da cimeira sobre clima e energia do G7, no Japão, houve manifestação de forte empenho dos Estados na descarbonização e esforços de mitigação da crise climática.
“Este primeiro dia correu bem, vimos um forte empenho em avaliações concretas dos objetivos finais de descarbonização, clima, eletricidade, nos caminhos a percorrer, bem como na questão dos veículos ligeiros e pesados numa via paralela às avaliações da União Europeia”, afirmou Gilberto Pichetto, citado pela agência de notícias italiana ANSA, após o encerramento da sessão.
“A afinação dos detalhes nos pontos do acordo para o documento final ainda está a decorrer, e não será terminada até à conferência de imprensa de amanhã”, acrescentou.
Os ministros da Energia, Clima e Ambiente do G7 reuniram-se este sábado em Sapporo (norte do Japão) para negociações finais, que estão programadas durar até domingo, no final das quais serão anunciadas as suas posições e decisões sobre a emergência climática.
O clube dos principais países industrializados está sob pressão para mostrar unidade e intensificar a sua ação após o anterior relatório sumário alarmante do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC), publicado em março.
De acordo com o IPCC, o aquecimento global causado pela atividade humana atingirá 1,5°C acima dos níveis pré-industriais até 2030-2035.
No entanto, o acordo climático de Paris de 2015, que todos os membros do G7 dizem querer defender incansavelmente, visa precisamente limitar o aumento da temperatura a este nível, ou, na sua falta, a bem abaixo dos 2°C.
O G7 também precisa de definir o tom contra o aquecimento global antes de reuniões importantes no final deste ano, tais como a do G20 na Índia e a Conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas (COP28), no Dubai, cujo presidente Ahmed al-Jaber se deslocou a Sapporo.