A Comissão Europeia anunciou que está a coordenar uma resposta para os cidadãos dos Estados-membros que estão no Sudão, na sequência da violência despoletada pelos conflitos entre as Forças Armadas e as forças paramilitares.
“Como a situação está a evoluir rapidamente, lembramos a importância de que todos os cidadãos da União Europeia no Sudão sigam as recomendações dos respetivos Estados-membros, como registar a sua presença”, sustentou a porta-voz da Comissão Nabila Massrali, em conferência de imprensa, em Bruxelas, na Bélgica.
A porta-voz acrescentou que está em contacto com os 27 com o propósito de coordenar uma resposta de retirada dos cidadãos da União se houver necessidade.
O Sudão entrou esta segunda-feira no terceiro dia consecutivo de combates, que continuam a atingir Cartum e noutras regiões do norte e oeste do país.
Novo balanço aponta para pelo menos 97 mortos em confrontos no Sudão
O exército informou no domingo que a situação geral é “muito estável” e que houve apenas “confrontos limitados” com as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), principalmente na capital sudanesa.
As forças armadas afirmam controlar a maioria das instalações militares e infraestruturas vitais em Cartum, e apreenderam o estratégico aeroporto de Merowe no norte do Sudão, bem como grandes partes da conturbada área de Kordofan e outras regiões das RFS.
Face à escalada da violência nas cidades densamente povoadas, o exército e as RFS aceitaram no domingo uma proposta da ONU para estabelecer corredores humanitários e cessar os combates nas zonas residenciais durante um breve período de três horas, o que permitiu a retirada de mais de mil residentes na capital, informaram à EFE fontes do Crescente Vermelho Sudanês.
Segundo o Comité Médico Central Sudanês, pelo menos 97 civis foram mortos e 942 outros feridos durante os combates no fim de semana.