A Polestar continua apostada em reforçar a sua gama de veículos eléctricos. Ao Polestar 2, a berlina que já conhecemos e que está à venda em Portugal, e ao Polestar 3, um SUV de maiores dimensões e o primeiro modelo da marca a recorrer a uma plataforma específica para veículos a bateria que deverá chegar à Europa no final do ano, irá juntar-se em 2024 o novo Polestar 4, agora apresentado na China, onde todos os modelos da marca são fabricados.
A mais recente criação da marca que, tal como a Volvo, pertence aos chineses da Geely, é definida como um SUV coupé. Mas na realidade surge mais como um crossover, um SUV mais esguio e baixo, com vantagens em termos aerodinâmicos. O Polestar 4 é concebido sobre a mesma plataforma SEA (de Sustainable Experience Architecture) do Polestar 3, anunciando uma distância entre eixos ligeiramente superior (2,999 metros em vez de 2,985 m) e uma bitola um pouco mais curta por questões mais estéticas do que outras (4,839 m contra 4,900 m).
O facto de assumir umas linhas mais fluídas e menos volumosas permite ao Polestar 4 exibir uma altura de somente 1,544 m, em vez dos 1,614 m do Polestar 3. Isto traduz-se num Cx de 0,27, em vez de 0,29 do 3, o que lhe trará vantagens no consumo e autonomia. Curiosamente, apesar de ser mais curto, o 4 oferece uma bagageira superior ao 3, com 500 litros em vez de 484.
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Ao contrário do Polestar 3, que fazendo justiça ao seu estatuto de SUV apenas está disponível com um motor por eixo para garantir tracção 4×4, o Polestar 4 pode montar um só motor atrás, com 272 cv, ou um em cada eixo de forma a atingir 544 cv, potência mais que suficiente para satisfazer a generalidade dos clientes e, ainda assim, superior à disponibilizada pelo Polestar 3, cujas duas versões oscilam entre 489 cv e 517 cv.
Para alimentar a mecânica, o Polestar 4 é ligeiramente mais comedido em capacidade de bateria, face ao 3, mas ainda assim disponibiliza um acumulador generoso, com 102 kWh de capacidade total e 94 kWh úteis, recarregáveis a 200 kW em corrente contínua (DC) e a 22 kW em corrente alternada (AC). Isto permite-lhe recarregar depressa e anunciar 600 km em WLTP na versão menos potente com tracção traseira, para o Polestar 4 mais possante e com dois motores anunciar 560 km entre recargas.
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Mas o elemento mais distintivo do Polestar 4 é a peça que falta. Referimo-nos ao vidro traseiro, elemento transparente a que já nos habituámos e que permite ao condutor ver o que se passa atrás de si, mas que reduz igualmente a sensação de claustrofobia de quem ocupa o banco traseiro, quando, ocasionalmente, desejar olhar para trás. O construtor compensa o condutor com uma câmara instalada no tejadilho, que projecta no ecrã que substitui o retrovisor interior tudo o que se passa atrás do veículo.