O FC Porto tinha vantagem nos confrontos diretos com o Benfica esta temporada? Sim. Porque ganhou a final da Elite Cup na pré-temporada, porque venceu as duas partidas da fase regular do Campeonato, porque perdeu apenas a decisão da Supertaça. No entanto, e como ficou também visto no último duelo entre ambos na Luz, os encarnados justificaram ao longo dos meses esse primeiro lugar na fase regular do Campeonato, sendo a equipa que melhor se reforçou, que melhor enquadrou as caras novas e que melhor jogava em termos nacionais. Também por isso, apostava forte no plano europeu. Uma aposta que de nada valeu.

Uma entrada que fez a diferença: FC Porto vence Benfica na Luz na antecâmara do clássico na Champions

A primeira parte em Viana do Castelo ainda foi equilibrada, com o FC Porto a adiantar-se por Gonçalo Alves numa grande penalidade que foi repetida (3′) e o Benfica a empatar por Pablito Álvarez, que tinha sido o grande fator de desequilíbrio na vitória dos encarnados na Supertaça (9′). O intervalo chegaria com esse empate a um, sendo que Gonçalo Alves ainda falhou um livre direto após cartão azul a Diogo Rafael (19′). No segundo tempo, seria a eficácia nas bolas paradas a ditar a diferença entre os dois conjuntos, com o Benfica a falhar dois livres diretos e uma grande penalidade enquanto o FC Porto, depois do 2-1 de Carlo Di Benedetto (44′), aumentou a vantagem de livre direto por Gonçalo Alves (47′). Nil Roca, no minuto seguinte, ainda reduziu para 3-2 (48′) mas Rafa, quando os encarnados jogavam 5×4, fechou as contas do jogo (50′).

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“É evidente que numa final 8, num jogo a eliminar, todos queremos estar nas meias-finais. As duas equipas tiveram algumas precauções maiores. Quisemos controlar as transições do Benfica porque têm jogadores com boa patinagem. Estou contente pela vitória e porque a equipa soube sofrer. Num clássico acredito que os atletas mostram sempre uma raça e uma vontade de ganhar especial. Essa pode ser a diferença. É claro que os jogos decidem-se nos pormenores, sentenciamos nós nas bolas paradas”, comentou no final do jogo o técnico dos azuis e brancos, Ricardo Ares, que já tinha ganho há uma semana e meia na Luz.

“Há uma tremenda ineficácia da nossa parte como nas bolas paradas e em situações de finalização. Pegando nas palavras do Pedro Henriques [guarda-redes], chegámos com a ambição de ser o Benfica e de ganhar. Não conseguimos mas não perdemos contra uma equipa qualquer. Lutámos até ao fim e estou orgulhoso do desempenho dos atletas, naquilo que foi a sua atitude. Ganha quem marca mais, parabéns ao FC Porto. A sorte precisa de melhorar um bocadinho para o nosso o lado. Agora é pensar no playoff [do Campeonato], não há volta a dar”, frisou Nuno Resende, treinador da formação encarnada.

Na meia-final, o FC Porto vai agora defrontar o Barcelona, campeão e único representante espanhol que só no prolongamento conseguiu superar a grande resistência do Óquei de Barcelos. Depois de uma primeira parte sem golos, o inevitável Pau Bargalló inaugurou o marcador (30′) mas Alvarinho fez logo a seguir o empate (30′). João Rodrigues, que viria a ser a figura da partida, marcou o 2-1 aos 34′ e esse resultado manteve-se até três minutos do final, altura em que Vieirinha empatou e levou tudo para o tempo extra. Também aí Rampulla conseguiu responder quase de imediato ao 3-2 de João Rodrigues (56′) mas o internacional português chegaria ainda ao hat-trick (59′) antes de Hélder Nunes fechar as contas (60′).