Apenas três jogos realizados até ao momento, muitos outros em perspetiva até ao final da temporada. Depois de um epílogo inédito do playoff do Campeonato em 2021/22 com um triunfo do FC Porto no Dragão Arena pela margem mínima na “negra” frente ao Benfica, naquele que foi o oitavo jogo entre ambos, a nova época acabou por ter bem menos clássicos até ao final de abril do que é normal. Houve a decisão da Elite Cup, com triunfo para os azuis e brancos (4-1), a final da Supertaça, com a vitória dos encarnados (4-2), e o encontro da primeira volta da fase regular do Campeonato, de novo com os dragões a levarem a melhor (3-0). Agora, o Pavilhão da Luz estreava-se em clássicos em 2022/23, num encontro que não iria mexer nas posições finais de ambos na prova mas que serviria quase como um teste para aquilo que se vai seguir em maio.

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O Benfica já tinha o primeiro lugar da fase regular garantido, com uma vantagem de cinco pontos em relação ao Sporting com apenas uma jornada por disputar. Por seu turno, o FC Porto, campeão em título, também tinha definida a quarta posição, sem possibilidade de chegar ao Óquei de Barcelos mas com uma vantagem larga em relação à Oliveirense. No entanto, e perante esses lugares, Benfica e FC Porto podiam cruzar nas meias-finais em caso de vitória frente a HC Braga e Oliveirense, sendo que antes haveria também clássico nos quartos da Liga dos Campeões depois da derrota dos portistas com os italianos do Trissino.

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“Temos aqui um último teste ao nível do Campeonato. Sabemos que não vai alterar nada na fase regular mas nesta casa não se trabalha a pensar noutra coisa que não seja entrar para ganhar os três pontos, sabendo a importância que um clássico tem sempre. O que nós queremos é fazer um jogo competitivo, dentro do que é o nosso modelo, na nossa casa e fazer de tudo para conquistar os três pontos”, frisara Nuno Resende, técnico dos encarnados. “Voltámos a uma série de vitórias que é muito importante, sobretudo porque estamos agora a chegar à parte mais importante da época em que vamos disputar todos os títulos e queremos ganhá-los. Agora objetivo é ganhar. Um Benfica-FC Porto é sempre para ganhar, é um jogo especial. É esse o foco e a mentalidade, mesmo que a classificação esteja definida. Vamos lá para ganhar. Pode ser importante para antever os quartos da Liga dos Campeões”, destacara o portista Carlo Di Benedetto.

Em alguns momentos, essa falta de objetivos acabou por ser sentida, com ambos os técnicos a aproveitarem também para prepararem esse próximo duelo decisivo na Champions. No entanto, clássico é sempre clássico e desta vez acabou por cair para o FC Porto fruto de uma entrada a todo o gás com golos de Ezequiel Mena (3′) e Gonçalo Alves (4′) logo a abrir. Ainda na primeira parte, e depois de um livre direto falhado por Lucas Ordóñez (16′), Gonçalo Alves fez o 3-0 na sequência de um livre direto após um cartão azul a Edu Lamas (20′). No segundo tempo, Pablito Álvarez reduziu também de livre direto mas pela décima falta dos portistas (29′) e bisou mais tarde (45′), falhando nos instantes finais um livre direto para o empate (49′).

Com estes resultados, são já conhecidos os emparelhamentos para o playoff de apuramento do campeão: o Benfica vai defrontar o HC Braga, sendo que o vencedor encontrará depois nas meias-finais quem passar entre FC Porto e Oliveirense, ao passo que o Sporting (que também escorregou em casa com o Parede, 2-2) joga com o Sp. Tomar numa eliminatória onde o vencedor encontra depois Óquei de Barcelos ou Valongo.