O líder do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse esta segunda-feira que prosseguem combates intensos em Bakhmut, no leste da Ucrânia, indicando que as suas tropas estão a receber mais munições, após ter ameaçado retirar-se desta frente, mas que ainda não as viu.

Prigojin, em conflito aberto há meses com a hierarquia militar russa, ameaçou na sexta-feira retirar os seus combatentes desta cidade ucraniana, que as forças russas atacam desde agosto passado, se não recebesse mais munições da parte do Exército.

No domingo, anunciou que já tinha recebido a promessa de que seus homens seriam abastecidos. “De acordo com as primeiras informações, estamos a começar a receber munições”, disse Prigozhin numa gravação áudio transmitida no Telegram pelo seu serviço de imprensa. Porém, acrescentou: “Mas pessoalmente ainda não as vi.”

Segundo o líder do grupo mercenário, as forças russas avançaram 130 metros durante o último dia em Bakhmut: “A luta é feroz. Os grupos estão a avançar e continuarão a avançar”, afirmou, acrescentando que as tropas ucranianas agora controlam apenas 2,36 quilómetros quadrados da cidade.

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O estado-maior ucraniano, por sua vez, simplesmente informou que “as hostilidades continuam na cidade de Bakhmut”, com “ações ofensivas mal sucedidas” das tropas russas.

A batalha por Bakhmut, a mais longa do conflito, foi marcada por pesadas baixas de ambos os lados, apesar de dúvidas sobre a importância estratégica da cidade.

A Ucrânia disse que prepara há meses uma grande contraofensiva, que parece cada vez mais iminente ou até já em andamento, segundo fontes militares ucranianas locais e vários analistas.