Pelo menos 27 árvores, entre as quais nove classificadas, da Avenida Montevideu, no Porto, foram “afetadas” na sequência dos “furos de grande dimensão” que a autarquia suspeita que tenham sido usados para inserir pesticidas, foi esta segunda-feira revelado.

“Temos neste momento, 27 exemplares, entre os quais nove Metrosideros, afetados”, afirmou o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo.

Os restantes 18 exemplares afetados são “espécies arbustivas“, adiantou o vice-presidente, que detém o pelouro do Ambiente.

“Estamos a tentar envolver investigadores para salvaguardar aquelas árvores”, notou Filipe Araújo, em resposta a uma questão levantada pelo vereador socialista Tiago Barbosa Ribeiro durante a reunião do executivo.

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Também o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, esclareceu que estão a ser “tomadas medidas para tentar mitigar a situação”, acrescentando que a autarquia desconhece, neste momento, “o que lá foi introduzido” e “qual a dimensão do dano”.

“Não sabemos o que motiva”, referiu, considerando a situação “preocupante” e notando que tanto a Polícia Municipal, como a PSP estão informadas sobre o ocorrido.

“É um ato lamentável de vandalismo e crime”, acrescentou.

Na sexta-feira, Filipe Araújo adiantou, em declarações à Lusa, que pelo menos 19 árvores tinham sido encontradas com “furos de grande dimensão” e que autarquia suspeitava que tinham sido usados para inserir pesticidas “com intenção de matar”.

“Já foi comunicado às autoridades, que devem proceder às investigações para tentar ver se se consegue detetar quem anda a cometer esse crime, que é um crime contra o património, nomeadamente ali, onde temos um conjunto arbóreo classificado”, adiantou o vice-presidente.

De acordo com o site da Câmara do Porto, na Avenida Montevideu, na zona da Foz, existem atualmente 82 árvores classificadas, 81 da espécie Metrosideros excelsa e uma da espécie Metrosideros robusta.

Filipe Araújo afirmou que a autarquia “tudo fará para salvar” aquelas árvores, mas admitiu que algumas “já não têm solução” e terão mesmo de ser abatidas.

“Vamos avaliar todos os danos para perceber aquelas em que há ainda algo que possamos fazer para as salvar”, observou.