António Costa Silva, ministro da Economia, garante que tem trabalhado com a Galp a propósito do encerramento da refinaria de Matosinhos. E, perante a denúncia de Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda, de que a Galp estava a propor a trabalhadores a deslocação para Sines mas com perda da antiguidade, Costa Silva disse desconhecer essa questão, mas deixou a promessa de ir investigar.

“Não estou a par da antiguidade, vou investigar. Os trabalhadores têm de ser tratados com dignidade e com a preservação dos seus direitos”, afirmou Costa Silva, garantindo que tem pressionado a Galp para readmitir os trabalhadores, havendo mesmo, diz, um curso com a CP para reconverter trabalhadores, para maquinistas. “Vamos continuar a pressionar para a reintegração dos trabalhadores”, assumindo que “a administração é favorável a isso”.

“Temos de trabalhar com a Galp para fazer face aos compromissos que tem e a responsabilidade social que tem. Tem de assegurar a reintegração dos trabalhadores e requalificação dos outros, além da descontaminação dos terrenos.” Aliás, Costa Silva atirou para a empresa essa responsabilidade: “É inegável que a Galp tem de descontaminar terrenos, não compete ao Estado essa tarefa”.

O Governo já revelou que pretende desenvolver naquela área um hub de biotecnologias azuis, tendo lançado um estudo que até setembro vai identificar todas as componentes do projeto, com o objetivo de que muitos materiais poluentes possam ser substituídos por produtos biológicos. “O projeto pode ser muito apelativo para país”, quantificando mesmo num contributo de 10 a 14 mil milhões de euros para o PIB do país.

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Num outro dossiê em mãos, Costa Silva garante que o processo de venda da Efacec está em “conclusão”, podendo “muito proximamente ser levada a recomendação a conselho de ministros” do vencedor selecionado. E garante que o Governo “está a lutar para ter um projeto credível para a Efacec para o futuro. Estamos a fazer o melhor possível e ter todo o compromisso de quem adquirir para com a empresa e com o país”.

Reafirmou acreditar que se encontrará uma “solução equilibrada” e minimizando responsabilidades financeiras do Estado. Voltou a recusar a venda em fatias da empresa industrial.

Quatro candidatos à compra da Efacec apresentaram propostas vinculativas melhoradas