Os dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) – cruz peregrina e ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani – vão integrar, a partir desta noite, o programa da Peregrinação Internacional Aniversária ao Santuário de Fátima.
A cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora são entregues ao santuário às 21h00 desta sexta-feira, informaram os responsáveis pelo templo mariano.
Os símbolos estarão presentes no recinto durante os principais momentos da peregrinação e, na madrugada de sábado, a partir das 02h30, serão levados na Via-Sacra até aos Valinhos.
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A peregrinação desta sexta-feira e sábado ao Santuário de Fátima vai ser presidida pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano e a sua presença na Cova da Iria antecede em poucas semanas a visita do Papa Francisco.
Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude encontram-se na diocese de Leiria-Fátima desde 30 de abril, quando terminaram a sua passagem pela diocese de Coimbra. Durante todo o mês de maio, os símbolos estão a percorrer a diocese de Leiria, passando por cada uma das vigararias, terminando a sua peregrinação em Porto de Mós, onde serão entregues à diocese de Santarém.
Tradicionalmente, nos meses que antecedem cada JMJ, “os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens, de forma especial, nas realidades em que vivem”, informa a organização da Jornada.
Com 3,8 metros de altura, a cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde então, a cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou a quase 90 países.
“Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenil, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis”, segundo uma nota sobre a JMJLisboa2023.
A organização acrescenta que “em 1985 [a cruz peregrina] esteve em Praga, na atual República Checa, na altura em que a Europa estava dividida pela cortina de ferro, e foi aí sinal de comunhão com o Papa”.
“Pouco depois do 11 de setembro de 2001, viajou até ao ‘Ground Zero’, em Nova Iorque, onde ocorreram os ataques terroristas que vitimaram quase três mil pessoas. Passou também pelo Ruanda, em 2006, depois de o país ter sido assolado pela guerra civil”, adianta a nota.
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Já o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços, tem 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, e está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália.
“É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica”, acrescenta o documento divulgado pelo gabinete de comunicação da JMJLisboa2023.
Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre 1 e 6 de agosto deste ano, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
Até ao momento já iniciaram o processo de inscrição mais de meio milhão de jovens.
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