A maior associação de empresários de Albufeira vai pedir ao Governo o aumento dos efetivos da polícia durante a época do verão e a adaptação do seu número a cada época do ano, disse esta terça-feira à Lusa o presidente.

Em declarações à Lusa, o presidente da Associação de Promoção de Albufeira (APAL), Desidério Silva, disse que a segurança nas atividades ligadas ao turismo é o principal motivo de preocupação dos seus associados.

“Claramente que sim, vamos pedir um aumento de efetivos na época balnear”, indicou, defendendo uma presença das forças de ordem “adaptável ao longo do ano”, que dependa do número de turistas no Algarve.

Para o responsável, há uma presença importante de turistas ao longo de todo o ano e as forças de segurança deviam-se adaptar mensalmente, evitando-se um sistema que reforça a segurança apenas durante o verão.

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O antigo presidente da Câmara de Albufeira indicou que estas pretensões serão transmitidas durante um Conselho Municipal de Segurança, numa reunião agendada para a primeira quinzena de junho, que contará com a presença da secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto.

Esta questão já foi abordada na semana passada num encontro entre representantes da APAL com o presidente da Câmara de Albufeira, José Carlos Rolo, para discutir “vários assuntos que dizem respeito à dinâmica da cidade e da sua oferta turística”.

A aceleração do processo que vai levar à instalação de um sistema de videovigilância, um tema da responsabilidade da autarquia, é outro aspeto ligado à segurança que os empresários gostariam que avançasse rapidamente.

Por outro lado, segundo o também antigo presidente da Região de Turismo do Algarve, ainda não há atualmente um número suficiente de nadadores-salvadores nas praias do concelho, um trabalho conjunto que “está a ser feito”.

Além destes temas, na mesma reunião discutiu-se também a criação de uma taxa turística no concelho, que está a ser estudada pela Câmara, assim como a possibilidade de criação de uma comissão de acompanhamento para a alocação das verbas que dela resultem.

Desidério Silva também aludiu aos problemas criados pela falta de habitação para trabalhadores e de mão-de-obra para o setor turístico, que leva “alguns restaurantes” a, “muito provavelmente”, terem de servir apenas uma das refeições principais este verão.