O valor em depósitos que as famílias em Portugal têm nos bancos caiu pelo quarto mês consecutivo, em abril, segundo dados que o Banco de Portugal divulgou nesta terça-feira. O ritmo da quebra reduziu-se, neste mês de abril, porém manteve-se a trajetória de diminuição do volume de depósitos – e a explicação está na mobilização de depósitos para amortizar créditos e, por outro lado, a concorrência dos certificados de aforro.
“Em abril de 2023, o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes reduziu-se pelo quarto mês consecutivo”, disse o Banco de Portugal, acrescentando que “no final do mês, totalizava 174,4 mil milhões de euros, menos 0,4 mil milhões de euros do que no final de março”. “Esta redução foi menos expressiva do que a registada nos meses anteriores”, nota o supervisor financeiro.
Já a concessão de crédito à habitação desacelerou em abril pelo nono mês consecutivo, somando um stock de 99.600 milhões de euros no final do mês de abril. De acordo com o Banco de Portugal, o montante total de empréstimos para habitação era inferior em 100 milhões, na comparação com o final de março.
Relativamente ao mês homólogo do ano anterior, a concessão destes empréstimos desacelerou pelo nono mês consecutivo: a taxa de variação anual passou de 4,8% em abril de 2022 para 1,4% em abril de 2023.