Primeiro avançou com uma proposta de 40 milhões de euros, mais tarde subiu para um montante máximo de 55 milhões, a procura que foi superior à oferta 1,37 vezes confirmou que até poderia ter sido mais: a FC Porto SAD anunciou esta segunda-feira os resultados do empréstimo obrigacionista 2023-2026 (com remuneração de 6,25% ao ano), que teve um total de 3.758 investidores, sendo que houve 37,1 milhões de euros a partir de subscrições e mais 17,9 milhões como objeto de troca com o último obrigacionista 2021-2023. Assim, a sociedade azul e branca terá de pagar apenas em novembro um remanescente de 21,9 milhões.

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“A operação foi um sucesso, como têm sido todas as anteriores. O FC Porto tem já uma longa experiência no lançamento de ofertas aos pequenos investidores. Eles é que responderam, mais uma vez, a este nosso apelo para financiarem o FC Porto”, começou por explicar Fernando Gomes, administrador da FC Porto SAD, aos jornalistas presentes. “No primeiro dia atingimos 36 milhões. Entendemos que tínhamos a oportunidade de financiar a tesouraria do FC Porto, num momento sempre delicado, no final da época. Há saídas, há renovações, há contratações, é sempre um momento de pressão financeira. Com estes 15 milhões poderemos financiar atividade corrente no FC Porto. Continuaremos no mercado para dizer que temos aqui um pequeno conjunto de investidores que são habituais”, acrescentou a propósito do aumento do atual obrigacionista.

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“A preocupação principal era atingir os 40 milhões de euros para pagar um empréstimo obrigacionista em curso, que vence em novembro deste ano. Com a operação de troca, era dar aos acionistas a oportunidade de melhorarem a taxa de juro. O que falta, os 22 milhões, será para pagar em novembro. O resultado desta operação seria integralmente, numa primeira linha, para pagar o empréstimo que se vence em novembro. E para que não haja perante os investidores qualquer hesitação, estes meios financeiros serão depositados até novembro para pagar aos investidores que vieram connosco desde 2021″, explicou ainda o responsável, que considerou a atual taxa de juro aceitável: “Quando se trata de financiar, a banca leva taxas bem elevadas. Estamos a pagar um bocadinho mais do que é a nossa média de financiamento anual, portanto é sustentável. No recurso aos mercados financeiros não se conseguem encontrar taxas mais baixas”.

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Em paralelo com essa apresentação, que contou com a presença dos outros administradores incluindo o líder da sociedade e do clube, Jorge Nuno Pinto da Costa, Fernando Gomes abordou também a necessidade de fazer dinheiro com vendas, uma realidade que se aplica a todos os clubes nacionais e que tem um primeiro “prazo” depois da época que é o dia 30 de junho, que encerra o exercício da temporada 2022/23. “É assim mesmo, tem de ser até 30 de junho, só esses resultados é que contam para o fecho das contas este ano. Para equilibrar as contas, tem de acontecer até 30 de junho”, assumiu o administrador dos azuis e brancos.

“Os grandes clubes que são competitivos a nível internacional não têm alternativas que não sejam as mais-valias, vender alguns dos principais ativos. Não há maneira de equilibrar as contas que não seja através da venda de ativos. Sempre foi assim no FC Porto, este ano não vai ser exceção à regra. Não estamos em condições de fecho de contas para dizer qual o valor que será necessário, estamos a apurar o valor que teremos de realizar em mais-valias, mas vamos ter de equilibrar as contas. Com o acesso à Liga dos Campeões e a pontuação do FC Porto, vai permitir ultrapassar 40 milhões da UEFA”, concluiu.