As organizações da sociedade civil guineenses consideram a votação desta segunda-feira para as eleições legislativas na Guiné-Bissau como um processo globalmente com êxito e sem grandes incidentes.
Reunidas na célula de monitorização eleitoral, as organizações da sociedade civil felicitaram a Comissão Nacional de Eleições (CNE), o Ministério do Interior, os observadores internacionais e os parceiros de desenvolvimento do país pelos apoios e colaboração no trabalho de uma espécie de fiscalização interna do ato eleitoral.
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A lei guineense não permite a observação eleitoral de agentes locais, mas nos últimos anos e com o apoio da comunidade internacional várias organizações da sociedade civil têm-se reunido em células para acompanhar e relatar as incidências dos processos eleitorais.
Para as eleições desta segunda-feira, a célula de monitorização eleitoral colocou no terreno 200 agentes que relataram “um bom desenrolar do ato da votação”, disse Miguel de Barros, porta-voz da estrutura, na leitura da última declaração do dia à comunicação social.
“A análise destes relatórios permitiu-nos concluir que o processo iniciou-se bem, desenrolou-se bem e encerrou bem sem grandes incidentes”, refere o comunicado.
A estrutura disse, contudo, terem sido constatadas em algumas mesas que os eleitores ainda se encontravam na fila de votação, mesmo após a hora do fecho das urnas, às 17h locais (mais uma hora em Lisboa).
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Na segunda-feira, a célula de monitorização eleitoral da sociedade civil guineense promete uma conferência de imprensa para apresentar os detalhes de todos os dados recolhidos durante o processo eleitoral.
Cerca de 900 guineenses votaram esta segunda-feira para a escolha de 102 deputados ao parlamento e, consequentemente, o novo Governo do país.
Concorreram às eleições, 20 partidos e duas coligações eleitorais.