A derrota da Roma de José Mourinho na final da Liga Europa contra o Sevilha (1-1, 4-1 nas grandes penalidades) colocou os portugueses presentes em Budapeste em posições delicadas. O primeiro-ministro António Costa, que, nas palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, parou na Hungria para “dar um abraço” ao “português envolvido”, ficou no centro do debate por ter assistido ao jogo ao lado de Victor Orbán. Por seu lado, o treinador também não foi politicamente correto na abordagem ao árbitro Anthony Taylor.

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O técnico de 60 anos deslocou-se à garagem da Puskás Aréna para criticar o desempenho do juiz inglês ao longo do jogo. “É uma desgraça! Nem o [Roberto] Rosetti [líder do Comité de Árbitros da UEFA] foi capaz de dizer que não é [penálti]. Nem vocês foram capazes. Vão-se f****, idiotas de m***. Não têm vergonha cara. Estão de parabéns, seus idiotas”, disse Mourinho ao árbitro do encontro, visando sobretudo um lance de possível grande penalidade por assinalar de Fernando ainda na segunda parte do tempo regulamentar.

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O Comité de Controlo, Ética e Disciplina da UEFA veio agora penalizar Mourinho com quatro jogos de suspensão devido à “linguagem abusiva” com que se dirigiu a Anthony Taylor. O inglês também teve que enfrentar a ira dos adeptos da equipa italiana no aeroporto, quando tentava deixar a Hungria.

O órgão responsável pela arbitragem no Reino Unido mostrou-se preocupado com a situação. “Estamos chocados com o abuso injustificado e repugnante dirigido a Anthony Taylor e à sua família enquanto tentava voltar para casa depois de arbitrar a final da Liga Europa. Continuaremos a fornecer todo o nosso apoio a Anthony Taylor e à sua família”, disse em comunicado o Professional Game Match Officials Board na altura do sucedido.

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Não só José Mourinho foi penalizado. A Roma está impedida de vender bilhetes para o próximo jogo fora da equipa em competições da UEFA e vai ter que pagar uma multa de 50.000 euros devido à utilização de pirotecnia, atos de destruição e distúrbios do público. Alguns dos comportamentos são referentes à primeira mão da meia-final com o Bayer Leverkusen. Acrescem ainda 5.000 euros de coima devido à “conduta imprópria da equipa”. O clube giallorossi tem também de contactar a Federação Húngara de Futebol dentro de 30 dias para a reparação dos danos causados pelos adeptos no estádio da final.