No último trimestre do ano começam a desembarcar em Portugal as primeiras unidades do Dolphin, o hatchback eléctrico da BYD que se inscreve no segmento C, rivalizando por isso com modelos como o Volkswagen ID.3, o Cupra Born e o Citroën ë-C4. A marca chinesa que é representada em Portugal pela Salvador Caetano está prestes a abrir o livro de encomendas, razão pela qual já definiu os preços e a composição da gama. O Dolphin será comercializado por valores que arrancam abaixo da barreira psicológica dos 30.000€ e que vão até aos 37.690€, fazendo desta proposta a mais acessível do mercado no terreno dos compactos, já que até o também chinês MG4 Electric é 3000€ mais caro.
Com 4,290 m de comprimento, 1,170 m de largura e 1,570 m de altura – dimensões próximas de modelos SUV do segmento B, como o Peugeot 2008 e Renault Captur -, o Dolphin é o primeiro modelo da linha “oceânica” da BYD, exibindo uma estética influenciada pelo golfinho. Exercícios de estilo à parte, para o potencial comprador interessará mais o facto de o hatchback chinês recorrer à mais recente arquitectura da marca para modelos a bateria, a e-Plaform 3.0, base de tracção dianteira que oferece três níveis de potência, duas capacidades de bateria e de potência de carregamento, variáveis que se conjugam em quatro níveis de equipamento, com óbvias variações em termos de prestações e de autonomia.
O Dolphin de entrada é o Active, estando equipado com o motor menos possante (70 kW/95 cv) e a bateria de menor capacidade (44,9 kWh), a qual pode ser recarregada a um máximo de 60 kW em corrente contínua (DC) e 7 kW em corrente alternada (AC). É este modelo que é comercializado entre nós por 29.990€, com jantes de 16 polegadas e uma autonomia de 340 km. A versão acima é a Boost, diferenciável apenas pela potência do motor eléctrico, que sobe para 130 kW/176 cv, enquanto a autonomia baixa para os 310 km. O Dolphin Boost tem a seu favor o facto de montar uma suspensão traseira multilink e jantes de 17 polegadas, no que constitui um upgrade face ao Active, o qual é ainda superado em termos de velocidade máxima (160 km/h versus 150 km/h). Contudo, importa realçar que os Dolphin mais acessíveis serão os últimos a chegar ao mercado, o que só está previsto acontecer no 1.º trimestre do próximo ano.
Depois do Boost de 30.690€ surgem as versões com a bateria mais generosa, de 60,4 kWh, e o motor mais potente, com 150 kW/204 cv e 310 Nm. Trata-se dos níveis Comfort e Design, propostos respectivamente por 35.690€ e 37.690€. A diferença de 2000€ entre estes dois Dolphin explica-se pela inclusão de mais equipamento na versão de topo, nomeadamente tecto panorâmico, carregamento de smartphones sem fios, vidros escurecidos atrás e uma extensão de potência para a função vehicle-to-load, a qual é de série em toda a gama, permitindo ao condutor extrair energia do carro para carregar dispositivos externos até uma potência de 3 kW.
Conforme referimos acima, o facto de o Dolphin Design ou Comfort estarem equipados com a bateria de maior capacidade leva-os a oferecerem igualmente uma potência de recarga superior, aceitando 11 kW em AC trifásica e 88 kW em DC. Porém, tal não se repercute num desfasamento, em termos de tempo, face ao Active e ao Boost. Significa isto que, independentemente da versão, a bateria demora sensivelmente meia hora para ir de 30 a 80% da carga em DC.
De resto, a BYD limita-se a anunciar a aceleração de 0 a 100 km/h do Dolphin com 204 cv, barreira que é superada ao fim de 7 segundos. Aqui pode consultar as especificações técnicas disponíveis.
A marca frisa o que considera ser uma competitiva relação entre preço e equipamento fornecido de série, onde se inclui uma panóplia de sistemas de assistência à condução (ver infobox), um esquema “simpático” de iluminação, com faróis adaptativos, comutação automática de máximos e follow me home.
ADAS em todas as versões da gama
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- Aviso de colisão frontal
- Travagem autónoma de emergência
- Aviso de colisão traseira
- Alerta de tráfego na retaguarda do veículo com assistência
- Aviso de saída da faixa de rodagem
- Sistema de manutenção na faixa de rodagem
Fonte: BYD Portugal
A bordo há a promessa de encontrar uma atmosfera luminosa e lugar para cinco ocupantes, sendo que os três que vão lá atrás não terão, segundo a marca, dificuldade em acomodar confortavelmente as pernas, ao passo que os da frente são brindados com bancos mais ergonómicos, de desenho desportivo e ajustáveis electricamente. Adicionalmente, a marca informa que o interior, que tira partido de uma distância entre eixos de 2,7 metros, contempla “mais de 20 espaços de arrumação”, os quais completam os 345 litros da bagageira. Mediante o rebatimento das costas dos bancos posteriores (60:40), a volumetria da mala cresce até aos 1310 litros.