As vendas totais de produtos e prestação de serviços nas indústrias transformadoras apresentaram um aumento homólogo de 21% em 2022, em termos nominais, para 117,2 mil milhões de euros, anunciou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
No ano de 2021, as vendas homólogas registaram um aumento de 15%, para 96,8 mil milhões de euros, segundo os resultados provisórios do Inquérito Anual à Produção Industrial, relativo a 2022.
O INE refere ainda que as vendas globais de produtos e prestação de serviços nas indústrias transformadoras denotaram um acréscimo de 24,5% em 2022, na comparação com o ano de 2019.
Parte significativa do crescimento das vendas de produtos e prestação de serviços em 2022, é justificada pelo efeito do aumento de preços, dado que o índice de preços na produção industrial (IPPI) teve um aumento homólogo de 20,5%.
Os maiores contributos para a evolução do total das vendas de produtos e prestação de serviços observaram-se nas atividades de fabricação de coque, de produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis, com mais 5,5 pontos percentuais (p.p.), seguindo-se as indústrias alimentares, com mais 3,1 p.p., e a ‘fabricação de pasta, de papel, cartão e seus artigos, com mais 1,8 pontos percentuais, segundo o INE.
Já as indústrias alimentares mantiveram-se como a divisão com maior peso relativo no total das vendas de produtos e prestação de serviços (13,2%), tendo crescido 23,8% face a 2021 (+29,3% comparando com 2019).
Entre os produtos com maior valor de vendas destacaram-se os gasóleos e marine diesel, a gasolina para motores e as outras partes e acessórios para veículos automóveis, tratores e veículos para usos especiais.
Quanto ao valor da produção industrial vendida no mercado nacional (58,3 mil milhões de euros), este foi ligeiramente superior ao das exportações (51,5% e 50,3% em 2021) e aumentou 24,2% na comparação com 2021.
As vendas para os mercados externos, por seu turno, que corresponderam a 54,9 mil milhões de euros, tiveram um crescimento homólogo de 18,5% em 2022, e de mais 18,8% em 2021, com o mercado fora da União Europeia a registar uma subida superior à do mercado intra União Europeia (+22,0% face a 17,4%, respetivamente).
O INE realça ainda que a evolução das vendas de produtos de coque, de produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis justificam o acréscimo mais significativo para o mercado extra-UE.
Em relação ao mercado intra-UE, o contributo mais relevante foi partilhado entre as vendas das divisões de produtos de coque, de produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis e as vendas de produtos da fabricação de veículos automóveis, reboques, semi-reboques e componentes para veículos automóveis.