O deputado do PSD/Açores António Vasco Viveiros considerou esta segunda-feira que o líder do PS açoriano, Vasco Cordeiro, “não tem qualquer credibilidade” para falar em finanças públicas, lembrando a “pesada herança” deixada pelo socialista e ex-presidente do Governo Regional.

Numa reação ao alerta feito esta segunda-feira pelo PS/Açores para o “descontrolo evidente e profundo” das finanças regionais, os sociais-democratas criticam as declarações dos socialistas, salientando que “mais de metade do défice foi para pagar os desmandos da governação do PS” na região.

“Na ânsia de criticar o Governo da coligação PSD/CDS-PP/PPM e fomentar a desinformação, o deputado [socialista] Vasco Cordeiro tem falhado todas as previsões que fez acerca da atual governação: dizia que a Tarifa Açores era impossível e anunciou o fim do mundo pela baixa dos impostos. Enganou-se redondamente”, aponta António Vasco Viveiros, citado num comunicado.

Lembrando que “mais de metade do défice orçamental de 2022 diz respeito a dívidas deixadas pelos governos socialistas”, o dirigente da bancada social-democrata acusa Vasco Cordeiro de ter endividado a região “em mais de 150 milhões de euros em média por ano”.

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“Vasco Cordeiro não tem qualquer credibilidade para falar do estado das finanças públicas quando deixou uma pesada herança de que quer esquivar-se a todo o custo, mas não pode”, critica.

Na nota, o PSD/Açores refere ainda que o atual executivo, “com toda a transparência, divulgou em detalhe a composição do défice de 2022: cerca de 197 milhões decorrem do processo de reestruturação da SATA e 22 milhões resultam da integração na dívida pública de passivos da Lotaçor e da Conserveira Santa Catarina”.

“Do aumento da dívida bruta em 2021 e 2022, no total de 617 milhões de euros, cerca de 390 milhões resultam da assunção de dívidas da SATA, reforço do respetivo capital, avales concedidos e devolução de ajudas ilegais concedidas pelo governo socialista”, acrescenta António Vasco Viveiros

O parlamentar do PSD/Açores recorda ainda que, durante a governação socialista na região, “as dívidas de empresas públicas como a SATA, a Sinaga ou a Conserveira Santa Catarina estavam escondidas”, tendo sido incorporadas no perímetro orçamental pelo atual executivo, que “pagou as dívidas do passado” e “saneou o setor público empresarial regional”.

Ainda de acordo com o deputado social-democrata, “o aumento da dívida bruta nos anos de 2021 e 2022, retirando a herança de Vasco Cordeiro e as despesas da covid-19, é de cerca de 10 milhões de euros em dois anos”.

“A única coisa que o deputado Vasco Cordeiro e o PS sabem é, na realidade, fazer contas de subtrair, como as que são muito bem conhecidas: o desaparecimento de 300 milhões de euros dos capitais da SATA”, sustenta.