A Frelimo, partido no poder em Moçambique, defendeu esta terça-feira que o fim do desarmamento do braço armado da Renamo, principal partido da oposição, vai permitir que as eleições autárquicas de 11 de outubro sejam “justas e livres”.

“Estamos em crer que esse ambiente que se vive agora vai propiciar não só eleições justas e livres, mas também a nossa democracia”, disse Verónica Macamo, mandatária da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) junto da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Macamo falava após proceder ao registo da candidatura do partido no poder para as eleições autárquicas de 11 de outubro. O processo para o escrutínio vai decorrer “num momento especial”, em que se enterraram as armas, enfatizou.

“Mostrámos ao mundo e, sobretudo, a nós mesmos que irmãos têm de ser irmãos de verdade, que se tratam com amor e carrinho de irmãos e que vão resolver as suas diferenças encontrando o diálogo”, enfatizou.

Em 11 de outubro, Moçambique terá as sextas eleições autárquicas da sua história, com o escrutínio a decorrer em todas as 65 autarquias do país. Em 15 de junho, foi encerrada a última base da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), no distrito de Gorongosa, na província central de Sofala, centro do país, marcando o fim do processo de desarmamento e desmobilização dos guerrilheiros do partido.

No âmbito do Desarmamento, Desmobilização e Reintegração, 5.221 guerrilheiros da Renamo voltaram para casa. Segue-se a fase de reintegração, que inclui o início do pagamento de pensões aos desmobilizados.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR