O Centro Hospitalar do Oeste concluiu há três meses as obras para criar internamento psiquiátrico no hospital de Peniche, mas continua sem conseguir abrir o serviço por falta de autorização para contratar 30 profissionais, disse esta terça-feira fonte hospitalar.
Fonte hospitalar afirmou à agência Lusa que o Centro Hospitalar do Oeste (CHO) aguarda autorização dos ministérios da Saúde e das Finanças para contratar cerca de 30 profissionais, entre enfermeiros, psicólogos e outros técnicos e assistentes operacionais.
Segundo a mesma fonte, a contratação dos profissionais terá um custo de mais de meio milhão de euros por ano, não tendo a instituição essa verba em orçamento.
Questionado pela agência Lusa, o Ministério da Saúde não prestou esclarecimentos até ao momento.
As obras de remodelação que vão permitir a criação do internamento psiquiátrico terminaram em março e, enquanto o serviço não começa a funcionar, os doentes da área de influência do CHO estão a ser reencaminhados para os hospitais de Lisboa.
A intenção do CHO é abrir o internamento de Psiquiatria com 15 camas.
Centro Hospitalar do Oeste inicia obras para internamento psiquiátrico em Peniche
As obras orçadas em 690 mil euros foram financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e inserem-se no Plano Nacional de Saúde Mental (PNSM).
O CHO integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.
Estes concelhos dividem-se entre os distritos de Lisboa e Leiria e representam uma população de cerca de 293 mil pessoas.