O coordenador do Governo para a Jornada Mundial da Juventude, José Sá Fernandes, disse esta sexta-feira que ainda se desconhece o número de peregrinos que vão estar em Lisboa na primeira semana de agosto, destacando “a grande imprevisibilidade” do evento.
A imprevisibilidade do número de peregrinos continua a ser grande. Nós hoje ainda não sabemos quantos peregrinos é que vêm, faz parte do evento ser assim”, disse o coordenador do grupo de projeto do Governo para a Jornada Mundial da Juventude, que foi esta sexta-feira à tarde ouvido na Assembleia Municipal de Lisboa.
José Sá Fernandes precisou que as inscrições acabaram a 30 de junho e estão inscritos 330 mil peregrinos com alojamento, mas as previsões apontam para cerca de um milhão, número que pode “aumentar ou diminuir”.
É dito pelos organizadores de outras jornadas que normalmente o número de visitantes é o dobro ou triplo daqueles que estão inscritos. O que quer dizer que se prevê cerca de um milhão de peregrinos, mas esse número ainda é imprevisível, como a própria localização do alojamento”, disse.
O responsável indicou que só na próxima segunda-feira é que se sabe “ao certo onde os peregrinos com alojamento vão ficar”, passando os locais pelas dioceses de Lisboa, Santarém e Setúbal.
Sá Fernandes sublinhou que a dificuldade deste evento é ter dados consistentes sobre o número de pessoas que vai participar, uma vez que “não há lotação”.
O coordenador do grupo de projeto da JMJ disse também que os perímetros de segurança dos eventos foram definidos “há cerca de um mês e meio” e “sempre em conjunção entre a PSP e a Câmara de Lisboa”, tendo sido depois incluídos no plano de mobilidade, que foi apresentado no passado dia 14.
O responsável recusou atrasos na apresentação do plano de mobilidade, alegando que a data estava prevista quando foi feito o caderno de encargos com a empresa responsável pelo plano e, “dada à imprevisibilidade deste tipo de eventos, os planos são apresentados com uma semana ou 15 dias de antecedência” e foi o que aconteceu nas edições do Panamá e Madrid.
Quando não aconteceu, os planos tiveram que ser todos refeitos”, disse, escusando-se a avançar com pormenores sobre os perímetros de segurança, uma vez que são “uma questão de segurança e não de mobilidade”, tendo sido apenas incluídos no plano de mobilidade.
Sá Fernandes garantiu ainda que todos os cenários estão previstos.
“É evidente que desde catástrofes, até coisas mais complicadas, tudo está previsto, bem como os meios de evacuação e atuação”, sustentou.
Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a edição deste ano da JMJ, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
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