Após a histórica medalha na primeira participação em Campeonatos do Mundo absolutos, que foi também o primeiro pódio de sempre de Portugal na competição, Diogo Ribeiro foi saudado na cerimónia protocolar de forma efusiva pela comitiva nacional presente na Marine Messe em Fukuoka, teve curtas declarações ao site oficial da Federação Portuguesa de Natação e voltou a uma espécie de redoma de proteção antes de regressar às piscinas para competição quase 48 horas depois. Aos 18 anos, ou com apenas 18 anos, o jovem nadador já conseguiu mais do que em toda a história e existe depois a parte de gestão de expetativas que é fundamental cumprir. Foi isso que foi feito, tendo em vista a prova seguinte. E o resultado voltou a ser positivo.

[Ouça aqui o podcast A História do Dia sobre o sucesso de Diogo Ribeiro]

Como se constrói um campeão inédito nas piscinas?

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Não sendo a sua prova predileta, o português terminou as eliminatórias dos 100 metros livres no sexto lugar da série 11, garantindo assim presença nas meias-finais da distância com o 14.º registo entre os 115 atletas que estavam inscritos, 48,21, ainda com margem para aproximar-se do seu recorde nacional de 47,98 que foi feito em março no Funchal, na altura em que garantiu os mínimos olímpicos para Paris.

Mais história numa história que está a começar: Diogo Ribeiro conquista medalha de prata nos Mundiais absolutos

Se a medalha nos 50 metros mariposa já era uma enorme montanha para escalar, o apuramento para a final dos 100 metros livres seria ainda maior, tendo em conta os registos de Diogo Ribeiro na distância e toda a concorrência que teria pela frente. O português melhorou o tempo das eliminatórias mas falhou uma maior aproximação ao recorde nacional, acabando a segunda meia-final na quarta posição e concluindo no total com o décimo melhor tempo, a sete centésimos da última marca com acesso à corrida decisiva.

“Ainda não acredito. Sabia que podia sonhar”: a emoção de Diogo Ribeiro após a histórica medalha de prata nos Mundiais

Assim, ficaram apurados para a final Matthew Richards (Grã-Bretanha, 47,47), Kyle Chalmers (Austrália, 47,52), Zhanle Pan (China, 47,56), Nandor Nemeth (Hungria, 47,62), David Popovici (Roménia, 47,66), Jordan Crooks (Ilhas Caimão, 47,71), Maxime Grousset (França, 47,87) e Jack Alexi (EUA, 48,06). E esta é uma das corridas mais esperadas destes Mundiais, com Popovici ainda discreto em termos de marca para quem era apontado como favorito e com Richards e Chalmers a mostrarem um bom momento.

Também esta quarta-feira Gabriel Lopes esteve em ação nos 200 metros estilos, terminando no quarto lugar a série 5 das eliminatórias e assegurando o 14.º registo que permitiu o acesso às meias-finais com o tempo de 1.58,77, próximo daquele que é o seu recorde pessoal (1.58,34). As coisas não correram depois da melhor forma, com o nadador da Louzan a acabar com o modesto registo de 2.00,26, o pior das meias-finais. Leon Marchand (França, 1.56,34), Duncan Scott (Grã-Bretanha, 1.56,50), Carson Foster (EUA, 1.56,55), Hugo González (Espanha, 1.56,58), So Ogata (Japão, 1.57,06), Daiya Seto (Japão, 1.57,15), Tom Dean (Grã-Bretanha, 1.57,18) e Shaine Casas (EUA, 1.57,23) foram os oito apurados para a final da distância.

Também Camila Rebelo, que já garantiu mínimos olímpicos, entrou em ação nos 50 metros costas, ficando com o tempo de 28,65 na série 4 das eliminatórias e com o 28.º tempo registo entre as 65 nadadoras que estiveram em prova e falhando o acesso a uma das 16 posições das meias-finais da distância.