O 521.º dia de guerra na Ucrânia ficou marcado por uma conferência de imprensa do líder russo para encerrar a ciemiera Rússia/África, na qual Vladimir Putin culpou a Ucrânia por não ser possível chegar a acordo para um cessar-fogo, lembrando a contraofensiva que Kiev está a desencadear neste momento para conseguir reconquistar os territórios perdidos desde 2014.

Mais a oeste, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, alertou para aumento do perigo junto à fronteira com a Bielorrússia. Neste momento, diz o responsável político, cem mercenários do Grupo Wagner estão mais próximos da Polónia. 

Neste sentido, a presença dos mercenários do grupo Wagner em território bielorrusso está a preocupar as autoridades da Polónia e da Lituânia. E pode levar mesmo a um encerramento de fronteiras, cenário traçado pelo ministro do Interior lituano, Arnoldas Abramavicius.

O que mais marcou o dia?

  • O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitou equipas das forças especiais do país perto da linha da frente na região de Bakhmut, no leste, um dos pontos quentes da atual contraofensiva ucraniana no conflito com a Rússia.
  • Kyrylo Budanov, chefe dos serviços de informações ucranianos, diz que, “em breve”, os ucranianos estarão Crimeia.
  • A Arábia Saudita vai acolher, entre 5 a 6 de agosto, um evento diplomático que tem como finalidade discutir a paz na Ucrânia. Mais de 30 delegações de todo o mundo estarão presentes, mas a Rússia não foi convidada para participar.
  • O secretário de Estado dos Estados Unidos da América (EUA), Antony Blinken, está convencido de que Sergei Shoigu, ministro da Defesa russo, está à procura de armamento na Coreia do Norte. “Assistimos à Rússia a procurar desesperadamente por apoio, por armas, onde quer que as encontre para continuar com a sua agressão contra a Ucrânia”.
  • O armamento era para a Rússia, mas acabou nas mãos da Ucrânia. Uma série de foguetes auto-propulsados da Coreia do Norte foram disparados contra as posições russas, depois de Kiev ter recebido o que devia ter sido entregue ao adversário.
  • Um homem e uma mulher morreram após um ataque com míssil na região de Zaporíjia, informou no Telegram o dirigente ucraniano Anatoly Kurtev.
  • Mísseis russos terão atingidos um bloco de apartamentos e um edifício dos serviços de segurança ucranianos no centro da cidade de Dnipro durante a noite, ferindo nove pessoas.
  • Em resposta, o exército russo alegou hoje que o prédio residencial em Dnipro, centro-leste da Ucrânia, que atingiu com um míssil na noite de sexta-feira ferindo nove pessoas, era um “centro de comando” das forças ucranianas.
  • O ministério da Defesa do Reino Unido fez um ponto de situação, notando que existem mais combates a sul e manutenção da defesa a norte da Ucrânia.
  • Yevgeny Prigozhin, fundador do Grupo Wagner, terá dado uma entrevista a uma agência de notícias africana, a Afrique Media (Camarões), embora não seja possível atestar a veracidade do áudio.
  • A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zahkarova, adiantou que o país recebeu, apenas no último mês, 30 propostas de paz para resolver a guerra na Ucrânia, quer por via oficial, quer por via privada.
  • Duas crianças com 9 e 10 anos foram chamadas como testemunhas num processo judicial na Rússia contra a sua mãe, acusada de “desacreditar” o exército russo de forma repetida.
  • Um ex-espião do MI6, que trabalhou na Rússia durante 3 anos, diz que Putin pode sair do poder em 2024 por estar doente ou por ser assassinado. “O Ocidente precisa de se preparar para o fim da era Putin.”

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