Consegue imaginar um cocktail com um refinado sabor a beterraba e malte? Ou com notas picantes de malagueta e fumo? Para pensar e criar sabores assim é precisa uma certa dose de ousadia e irreverência e nada disto falta à Glenfiddich e a Alexandre Silva. O chef português e a icónica marca escocesa de whisky de malte uniram-se para criar uma nova carta de cocktails para o restaurante Fogo, em Lisboa. A nova esplanada do restaurante é o cenário ideal para estas bebidas de autor.
Alexandre Silva, chef e dono do Fogo, encontrou no whisky a inspiração para quatro cocktails “que exploram de forma inovadora o poder de um whisky icónico e a sua integração na filosofia do restaurante”, diz o chef premiado com uma estrela Michelin, no restaurante Loco.
No Fogo, entra-se num ambiente descontraído, mas enigmático, coberto de tons queimados. Os pratos que o chef apresenta são confecionados em fornos de lenha ou diretamente no fogo, usando madeiras de diferentes tipos para construir cheiros e sabores inconfundíveis. Um whisky com mais de 130 anos de história, aventureiro e visionário, foi o par perfeito para expressar este ambiente, criando algo novo. Como resume Alexandre Silva, “a nova carta de cocktails com Glenfiddich encontra no fogo, nas cinzas, no fumo e no amor toda a inspiração para a sua criação, garantindo um contraste com os sabores modernos.”
Esta descrição saboreia-se em quatro cocktails diferentes, cada um com um nome inspirado na cultura e realidade escocesas: Birds (of the Balvenie Castle), que une o Glenfiddich 18 ao doce e amargo da toranja, ao picante da malagueta e a um leve aroma a fumo; 9 p.m. (last ticket) combina Glenfiddich 12 e o xarope amendoado orgeat com toranja, ananás e maracujá; Dirty Dick’s (159 Rose Street, New Town, Sc), com Glenfiddich 12, beterraba, limão e hibisco; por fim, o Dufftown Sour que junta o whisky Glenfiddich 15 com os chás lapsang e gorreana, fumo e lima.
“Para mim a história é muito importante, só conseguimos ir por um caminho se conhecermos bem o passado”, afirma Alexandre Silva. Numa visita à destilaria da Glenfiddich, em Dufftown, no Norte da Escócia, o chef português ficou a conhecer melhor os diferentes sabores que este whisky assume, além dos seus métodos de produção, ainda alicerçados nos ensinamentos do fundador, William Grant.
“Eu próprio não gosto de usar as regras dos outros para criar. Gosto de criar as minhas próprias regras e ser disruptivo”, assume Alexandre Silva, vendo paralelismos entre a sua personalidade e a da Glenfiddich. Um encontro de personalidades inquietas para provar nos copos do Fogo.