Foram 248 dias passados no topo da Premier League na temporada passada. Quando se pensava que a porta da liderança estava fechada a assaltos, o Manchester City descobriu que a chave estava na porta. A experiência serviu para o Arsenal aprender como instalar um alarme para não voltar a ser surpreendido, tal como aconteceu numa temporada em que não conseguiu qualquer título, embora seja reconhecido que os gunners se assumiram como a segunda equipa inglesa. 

Para dar um passo em frente no nível competitivo, Mikel Arteta viu o plantel ser reforçado com Declan Rice, Jurrien Timber e Kai Havertz. Para já, foi suficiente para vencer a Supertaça que foi decidida nas grande penalidades e que teve Fábio Vieira em evidência. 

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A curiosidade agora era ver o que o Arsenal era capaz de fazer na Premier League e se vinha com vontade de vingar o desaire da temporada passada, conquistando um título que não alcança desde 2003/04. O Manchester City deu o pontapé de saída no Liga Inglesa com uma vitória por 3-0 contra o Burnley. Os gunners, jogando apenas este sábado, partiam desde logo a correr atrás do prejuízo em relação ao rival. Diante do Nottingham Forest, no Emirates, os londrinos iam dar o primeiro passo de uma longa caminhada.

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Com 35.000 adeptos fora do estádio devido a problemas na validação dos bilhetes eletrónicos, o início do jogo foi adiado 30 minutos. Os onzes iniciais há muito que tinham sido divulgados. Arteta fez apenas uma alteração em relação ao encontro da Supertaça, trocando o central Gabriel Magalhães por Eddie Nketiah. Fábio Vieira sentou-se no banco de suplentes. O Nottingham Forest utilizou na baliza o reforço Matt Turner (ex-Arsenal) e deixou de fora os dois grandes investimentos da temporada (Chris Wood e Anthony Elanga, provenientes do Newcastle e do Manchester United, respetivamente). Ola Aina, também novidade na equipa de Steve Cooper para esta época, ocupou a zona do meio-campo.

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O primeiro sinal foi dado pelo Nottingham Forest. Brennan Johnson rematou por cima de uma zona em que podia ter feito bem melhor frente ao guarda-redes dos gunners, Aaron Ramsdale. Foi uma exceção. Mikel Arteta montou uma equipa com Thomas Partey a partir como lateral-direito, mas a deslocar-se para o meio-campo em organização ofensiva. Assim, o Arsenal construia com o trio White-Saliba-Timber, com Partey, Rice, Odegaard e Havertz colocados dentro do bloco defensivo adversário, Saka e Martinelli a darem largura e Nketiah na frente.

Mesmo com muito investimento no jogo interior, foi por fora que nasceram os golos do Arsenal. Martinelli fez uma roleta que nem Zidane, mas acabou por ser Nketiah (26′) a ficar o nome registado no 1-0. O segundo golo acabou por ser anotado por Bukayo Saka (33′) numa ação de drible iniciada junto à faixa direita e que terminou com um remate do meio da rua ao ângulo da baliza de Matt Turner.

Incapaz de manter o ritmo nas chegadas ao último terço, o Arsenal geriu a vantagem. Melhor do que ir à procura é quando algo que se deseja cai do céu. Kai Havertz temporizou e entregou em Declan Rice à entrada da área. Estava criada uma oportunidade rara na segunda parte. O médio ex-West Ham atirou ao poste. 

O níveis de confiança do Arsenal foram reduzidos com um calmante chamado Taiwo Awoniyi (82′). Jogada de contra-ataque e o nigeriano, no segundo remate à baliza que o Forest conseguiu realizar, deixou o encontro preso pela margem mínima. A corda acabou por não romper.