Os peregrinos presentes no Santuário de Fátima rezaram esta manhã para que as nações e os seus dirigentes “evitem os nacionalismos indiferentes à sorte dos mais pobres”.
Na Oração dos Fiéis da missa internacional da Peregrinação do Migrante do Refugiado, presidida pelo arcebispo de Luanda, Filomeno Dias, foi pedido, nomeadamente, que os governantes “apliquem políticas de hospitalidade que abram as sociedades que governam aos migrantes e refugiados”.
A peregrinação deste domingo decorre sob o tema “livres de escolher se emigrar se ficar”, título da mensagem do Papa Francisco para o Dia do Migrante e do Refugiado, e congrega muitos imigrantes residentes em Portugal, bem como muitos membros da diáspora portuguesa.
Para estes foi também deixada uma mensagem da Oração dos Fiéis, com o pedido de que as comunidades de portugueses e descendentes de portugueses espalhados pelo mundo “encontrem, nos países onde vivem, espaço para a sua realização e progresso económico, social e espiritual, e se mantenham fiéis aos valores cristãos que caracterizam a cultura portuguesa”.
Também a Ucrânia não foi esquecida neste momento da eucaristia presidida pelo arcebispo angolano, tendo sido rezado “pela paz no mundo, especialmente pelas vítimas do conflito na Ucrânia”.
“Que o Senhor abra o coração dos responsáveis políticos e os faça reconhecer que só em paz podemos viver como verdadeiros irmãos e irmãs”, pedia a intenção lida em polaco.
A peregrinação que hoje termina, considerada uma das maiores do ano à Cova da Iria, está integrada na 51.ª Semana das Migrações, promovida pela Obra Católica Portuguesa para as Migrações, organismo da Comissão Episcopal da Pastoral Social e das Mobilidade Humana (CEPSMH).
Numa mensagem para esta semana, a Comissão Episcopal sublinha que as migrações são um “fenómeno incontornável”, que pode “servir de instrumento para uma maior justiça social”.