Tem sido um longo e árduo caminho aquele que conduziu a divisão de veículos autónomos da Google do arranque do projecto, em 2009, até à possibilidade de começar a cobrar pelas deslocações que fornece aos seus clientes, autorização que lhe foi concedida agora. Esta divisão de carros sem condutor, que assumiu a denominação Waymo em 2016, tem sido um sorvedouro de dinheiro durante 14 anos, mas recebeu finalmente autorização da Comissão de Serviços Públicos da Califórnia para iniciar em São Francisco a fase comercial da sua operação de “robotáxis”.

Os táxis sem condutor são uma solicitação da indústria de transporte de pessoas desde há um tempo a esta parte, como forma de reduzir os custos das viagens, uma vez que o dispêndio relativo ao condutor é retirado da equação. A dificuldade consistiu em conceber uma máquina que prescindisse do desempenho do ser humano nesta tarefa, o que os responsáveis pelo estado da Califórnia acreditam ter sido agora alcançado pela Waymo.

O objectivo da Waymo não é fornecer veículos sem condutor ao público, mas sim vender a qualquer fabricante a tecnologia necessária – incluindo sensores, radares, câmaras, LiDAR, software e hardware – para que os construtores de automóveis possam transformar os seus modelos em veículos completamente autónomos. Hoje muito volumoso e visível, todo este equipamento será integrado no veículo antes de se passar à produção em série, de forma a não alterar as formas exteriores do modelo.

Além da Waymo, a comissão californiana emitiu uma autorização similar para a Cruise, originalmente uma pequena startup que tem crescido rapidamente desde que foi adquirida pela General Motors. Em certas áreas, a Cruise está inclusivamente mais avançada do que a Waymo, sendo ambas acessíveis através de uma app.

Os custos de transporte da Waymo ainda não são conhecidos, mas a Cruise cobra 5 dólares de taxa-base por viagem, a que se juntam 90 cêntimos por milha (1,6 km) e 40 cêntimos por minuto.

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