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Jogar no Estádio Maradona, conhecer o novo Bernabéu e voltar ao Alten Försterei: os adversários do Sp. Braga na Liga dos Campeões

Este artigo tem mais de 1 ano

Hipóteses de escolha não eram muitas, cenário dificilmente podia ser mais difícil: Sp. Braga vai defrontar Nápoles, Real e Union Berlim num regresso à Champions para mostrar o seu projeto à Europa.

Bruma tem sido um dos destaques do Sp. Braga neste arranque de temporada e marcou o golo que fechou as contas do playoff na Grécia frente ao Panathinaikos
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Bruma tem sido um dos destaques do Sp. Braga neste arranque de temporada e marcou o golo que fechou as contas do playoff na Grécia frente ao Panathinaikos

LUSA

Bruma tem sido um dos destaques do Sp. Braga neste arranque de temporada e marcou o golo que fechou as contas do playoff na Grécia frente ao Panathinaikos

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Poderia ter sido um ano ainda melhor, caso a equipa tivesse conseguido conquistar a Taça de Portugal numa final perdida frente ao FC Porto, mas cumpriu em mais do que toda a linha as melhores expetativas que se tinham criado. Apesar de ter terminado o Campeonato na terceira posição quando andou no segundo lugar e “ameaçou” algo mais antes da deslocação à Luz para defrontar o futuro campeão Benfica, António Salvador assinalou o 20.º aniversário na liderança dos arsenalistas com o regresso dos Guerreiros do Minho à fase de grupos da Champions após passar as eliminatórias com Backa Topola e Panathinaikos. O sorteio, esse, pode não ter sido agora o mais “simpático” mas o passo europeu pelo qual o clube lutava está dado.

Sorteio da Champions: Benfica no grupo de Inter, Salzburgo e Real Sociedad, FC Porto com Barça e Shakhtar, Sp. Braga com Nápoles e Real

Nas duas presenças anteriores, o Sp. Braga nunca conseguiu passar aos oitavos da competição mas nem por isso deixou de passar uma boa imagem. Em 2010/11, época de estreia que se seguiu a uma temporada onde correu pelo título até à última jornada antes de entrar na fase de grupos da Liga dos Campeões e acabar a jogar a final da Liga Europa frente ao FC Porto, os minhotos começaram com uma goleada pesada diante do Arsenal em Londres (6-0) e um desaire caseiro com o Shakhtar (3-0) mas conseguiram de seguida somar três vitórias consecutivas (Partizan, 2-0 e 1-0; Arsenal, 2-0) antes de cair apenas na ronda final com o Shakhtar na Ucrânia (2-0). Já em 2012/13, a derrota caseira com o Cluj (2-0) foi corrigida com um triunfo na Turquia com o Galatasaray (2-0) mas o insucesso em Old Trafford diante do Manchester United após ter estado a ganhar por 2-0 (3-2) condicionou o resto da campanha, que terminou com mais três derrotas.

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Agora, e entre possibilidades que poderiam ser mais acessíveis, o Sp. Braga, a partir do pote 3, ficou com um dos indesejados do pote 1 (Nápoles), o mais forte do pote 2 (Real Madrid) e um dos menos acessíveis do pote 4 (Union Berlim), naquele que será um grupo complicado até na luta pelo acesso à Liga Europa.

“É um grupo de Liga dos Campeões. Temos a oportunidade de, neste sorteio, ser postos à prova com três belíssimas equipas, de campeonatos muito intensos. São equipas que vão exigir muito de nós, mas temos a ambição de ser competitivos e disputar todos os jogos até ao fim. Temos de ter as expectativas equilibradas, no sentido de valorizar aquilo que queremos fazer. Temos um grupo difícil pela frente mas temos a ambição, como tem sido habitual, a identidade deste Sp. Braga. Vamos ter de trabalhar imenso para termos uma equipa que se supere a si própria”, comentou o técnico Artur Jorge aos meios do clube.

“O Nápoles é uma equipa que dominou o Campeonato italiano na época passada. É um gigante adormecido, com uma excelente massa adepta. Esta época está novamente a corresponder ao que fez na época anterior e será sempre muito difícil, com um padrão e uma linha muito italiana na sua forma de jogar. Depois, se fossemos identificar uma equipa com aquilo que é a competição, escolheríamos o Real Madrid. É a equipa mais titulada, um colosso mundial que vamos ter a oportunidade de defrontar e ter esta sensação de medir forças com os melhores. O Union Berlim conhecemos da Liga Europa na temporada passada. Demonstrou, todo o seu valor em provas nacionais e internacionais, com uma época de excelente nível. Com toda a certeza vai igualar também as nossas metas para a competição”, acrescentou sobre os adversários.

Um Nápoles de Mário Rui que mudou o software tático com o mesmo hardware de jogadores

Ainda a atravessar uma fase de encanto pela história de sonho cumprida na última temporada, quando se sagrou campeão mais de 30 anos depois dos feitos de Diego Armando Maradona no sul de Itália, o Nápoles do lateral Mário Rui tem como principal alteração a troca técnica com a saída de Luciano Spalleti, que se considerou cansado e a necessitar de um período sabático após a passagem pelo clube (entretanto sucedeu a Roberto Mancini na seleção italiana), e a entrada surpresa de Rudi Garcia, ex-treinador de Cristiano Ronaldo no Al Nassr que após ser campeão francês pelo Lille em 2010/11 passou por Roma, Marselha e Lyon.

Apesar de ter perdido uma pedra importante da equipa como era o central sul-coreano Min-jae Kim (foi para o Bayern por 50 milhões de euros), a equipa reforçou-se com as entradas do fantasista Jesper Lindström (30 milhões, ex-Eintracht) e do central Natan (10 milhões, ex-RB Bragantino), além de ficar a título definitivo com os avançados Giovanni Simeone e Raspadori, e começou a temporada da melhor forma com vitórias frente a Frosinone (3-1) e Sassuolo (2-0) utilizando a mesma base da última época. Depois da chegada aos quartos da Champions em 2022/23, o objetivo do Nápoles passa por consolidar-se na principal competição europeia de clubes mas tem ainda um “fantasma”: o risco de Osimhen ainda rumar à Arábia Saudita…

Anteriores confrontos: nunca se defrontaram

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Nápoles sagrou-se campeão italiano mais de três décadas depois e parece ainda não ter acordado desse sonho, o maior desde os tempos de Maradona

Getty Images

A Real equipa de todos os azares que volta a ter o Bernabéu à altura do seu palmarés

Ia ser sempre uma época atípica no arranque, com o pedido à Liga para que as primeiras três jornadas do Campeonato fossem realizadas fora para dar tempo para finalizar as obras no Santiago Bernabéu (algo que está previsto nos regulamentos), mas o Real Madrid dificilmente poderia imaginar que tanta coisa pudesse acontecer em tão pouco tempo: Courtois sofreu uma grave lesão no joelho, teve de ser operado e chegou por empréstimo Kepa do Chelsea, e logo na primeira partida oficial foi Eder Militão a lesionar-se com a mesma gravidade numa ausência longa que não foi colmatada. Ainda assim, nada mudou em relação ao princípio basilar de 2023/24, provavelmente a última temporada de Carlo Ancelotti no clube: investimento de peso num só reforço (Jude Bellingam, ex-B. Dortmund que custou mais de 100 milhões), reforços low cost para colmatar saídas como as de Karim Benzema, Asensio e Eden Hazard (Joselu para o ataque, Fran García para a lateral esquerda) e a garantia do turco Arda Güler enquanto não chega… Kylian Mbappé.

Esse poderá ser o maior problema de um clube que, pela história e grandeza, é um crónica candidato a lutar pela vitória em todas as provas em que entra incluindo a Liga dos Campeões: a falta de soluções ofensivas à espera da chegada do francês, algo que Florentino Pérez “avisou” que terá de ser compensado pela formação. Até ao momento, Jude Bellingham, com quatro golos nas três vitórias com Athl. Bilbao (2-0), Almería (3-1) e Celta de Vigo (1-0), tem “disfarçado” essa carência de uma super equipa que se foi renovando de uma forma discreta mas que foi criando uma base para enfrentar a próxima década. Em paralelo com essa estreia em jogos oficiais com a equipa com mais títulos europeus (14), o Sp. Braga viverá não só a primeira experiência de jogar em Madrid como também “apadrinhar” o ano da reabertura total do Santiago Bernabéu.

Anteriores confrontos: nunca se defrontaram

epa10797825 Real Madrid's Jude Bellingham celebrates after scoring the 0-2 goal during the LaLiga soccer match between Athletic Club and Real Madrid, in Bilbao, Spain, 12 August 2023.  EPA/Javier Zorrilla

Médio Jude Bellingham, que custou mais de 100 milhões de euros, tem sido o melhor avançado da equipa com quatro golos em três jogos

Javier Zorrilla/EPA

Os Homens de Ferro de Diogo Leite e companhia que entraram só com goleadas

O Union Berlim acaba por ser o mais conhecido entre todos os adversários do Sp. Braga, fruto do cruzamento recente na fase de grupos da Liga Europa com vitórias pela margem mínima de quem jogava, mas também o mais “desconhecido” em termos de histórico e participações na Liga dos Campeões. No entanto, há desde logo essa certeza: ao conseguir chegar à fase de grupos, confirmando o estatuto de revelação da Bundesliga com o quarto lugar depois de várias jornadas onde andou na liderança, o conjunto do central português Diogo Leite (que agora já pertence mesmo aos quadros dos germânicos, após ter estado emprestado na última época pelo FC Porto e ter também passado pelos minhotos na temporada anterior) encontra também uma oportunidade de ouro para se mostrar na maior montra de futebol de clubes na Europa.

Os Die Eisernen (Homens de Ferro) continuam a ser orientados por Urs Fischer e não tiveram saídas de relevo no defeso, conseguindo algum acrescento de qualidade com as contratações do internacional Robin Goosens ou Kevin Volland (além de garantir em definitivo Diogo Leite), tendo também uma boa entrada oficial na época com três vitórias noutros tantos jogos: 4-0 frente ao Astoria Walldorf para a Taça, 4-1 com Mainz e Darmstadt para a Bundesliga, em mais uma prova da facilidade que tem de fazer golos.

Anteriores confrontos: Liga Europa de 2022/23, 1-0 (V, casa) e 0-1 (D, fora)

Sporting de Braga player Simon Banza (R) in action against Union Berlin player Diogo Leite during their UEFA Europa League second leg soccer match held at Braga stadium, north of Portugal, 15 September 2022. HUGO DELGADO/LUSA

Central Diogo Leite já passou pelo Minho e esteve no duelo entre Union Berlim e Sp. Braga na última temporada na Liga Europa

HUGO DELGADO/LUSA

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