No 556.º dia de guerra, o Presidente Volodymyr Zelensky respondeu aos que criticam os progressos lentos da contraofensiva de Kiev e garantiu que as tropas ucranianas estão a avançar. “Apesar de tudo, e independentemente do que as pessoas possam dizer, estamos a avançar. Isso é o mais importante. Estamos em movimento”, sublinhou. No mesmo dia, a Rússia denunciou ataques com drones na península da Crimeia, anexada em 2014, e na região de Belogorod, perto da fronteira com a Ucrânia. Ao longo das últimas semanas, Moscovo têm vindo a relatar ataques mais frequentes no seu território.

O dia também ficou marcado pela decisão da Fundação Nobel de dar um passo atrás e reverter os convites aos embaixadores da Rússia, Bielorrússia e Irão para a cerimónia de entrega de prémios deste ano, que vai decorrer em Estocolmo. Em resposta, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia descreveu a decisão como “uma vitória para o humanismo”.

Estes são os principais destaques das últimas horas:

  • Um ataque aéreo russo na região de Donetsk matou um casal residente num prédio residencial, de acordo com a procuradoria geral regional.
  • No habitual discurso ao fim do dia, o Presidente ucraniano pintou o futuro do país enquanto parte da União Europeia e do mundo ocidental e prometeu que os dias da corrupção sistémica na Ucrânia chegaram ao fim.
  • Moscovo revelou que o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, participará nas reuniões de alto nível da 78.ª sessão da assembleia-geral da ONU, que decorrerá de 19 a 26 de setembro em Nova Iorque.
  • O provedor dos Direitos Humanos da Ucrânia, Dmytro Lubinets, revelou que 386 crianças ucranianas foram confirmadas como adotadas por famílias russas depois de terem sido deportadas para a Rússia, configurando um crime de guerra de genocídio.
  • O oligarca ucraniano Ihor Kolomoisky, um bilionário que terá sido próximo do Presidente Zelensky, foi formalmente acusado de fraude e lavagem de dinheiro. Em causa estão esquemas relacionados com as suas empresas de gás e petróleo.
  • Uma aeronave russa foi enviada para o Irão, onde se juntou à Força Aérea nacional, noticiou a Associated Press, citando as agências locais. Segundo a AP, a aeronave de treino de combate, um modelo AK-130, é capaz de dar resposta às necessidades de formação dos pilotos iranianos para aprenderem a pilotar caças de 4ª geração.
  • A Fundação Nobel anunciou que vai reverter a decisão de convidar embaixadores da Rússia, Bielorrússia e Irão para a cerimónia de entrega de prémios deste ano. O organismo disse que as fortes reações internacionais ao convite desses países “ofuscaram completamente” a mensagem que queriam fazer passar com o convite, isto é, difundir mesmo nesses estados o que representa o prémio Nobel.
  • Os Estados Unidos deverão enviar para a Ucrânia, pela primeira vez, as controversas munições de urânio empobrecido, informação que consta de documentos oficiais consultados pela Reuters e confirmada à agência de notícias por dois oficiais norte-americanos.
  • O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca reuniu-se com vários oficiais ucranianos de topo na sexta-feira para discutir os esforços de Kiev para combater a corrupção.
  • As novas regras de Elon Musk no Twitter e, agora, na nova versão da rede social, a “X”, permitiram que a propaganda russa crescesse e tivesse uma maior disseminação. A conclusão é de um novo estudo da Comissão Europeia, que indica que em 2022 e 2023 “a audiência e alcance de contas alinhadas com o Kremlin aumentou significativamente por toda a Europa”.
  • O ministério da Defesa britânico continua a acompanhar a evolução da guerra no terreno e avisou que as forças russas correm o risco de se “dividir” no terreno enquanto se esforça por “distrair” as tropas de Kiev para combater a contraofensiva.
  • A Rússia garante que abateu três drones navais ucranianos que teriam como alvo a ponte da Crimeia, numa manobra que o governo russo classifica como uma tentativa de “ataque terrorista”. O Ministério da Defesa russo disse ainda que foram destruídos dois drones ucranianos que sobrevoavam a região de Belgorod, que fica próxima da fronteira com a Ucrânia.

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