Brian P. Monahan, médico do Capitólio, garante que Mitch McConnell, líder republicano no Senado, pode continuar a exercer funções e que não há indícios de que tenha sofrido de uma acidente vascular cerebral ou qualquer outra lesão dessa natureza. Num momento em que aumentam as dúvidas sobre o estado de saúde do senador de 81 anos, o gabinete do republicano fez circular uma carta do médico onde se garante isso mesmo: McConnell está em condições de prosseguir no cargo.
Na semana passada, Mitch McConnell ficou bloqueado enquanto respondia a perguntas dos jornalistas, numa conferência de imprensa, no Kentucky. Foi um segundo episódio em menos de um mês, o que levantou fundadas dúvidas sobre o estado de saúde do líder republicano no Senado e sobre as suas condições para continuar no cargo.
Agora, numa carta divulgada pelo The New York Times, o médico assistente Brian P. Monahan confirma que, depois de submeter o senador a exames intensivos, como uma ressonância magnética e uma avaliação neurológica, não encontrou indícios de perturbações convulsivas, de acidentes vasculares cerebrais ou de perturbações como Parkinson.
Ainda assim, Monahan recomenda que McConnell continue o tratamento que tem realizado no seguimento da queda que deu em março de 2023. De resto, a queda, num hotel de Washington, tem sido apresentada pela equipa do Senador como uma das causas para os seus problemas de saúde.
A 30 de agosto, o líder republicano no Senado, eleito pela primeira vez em 1984, ficou paralisado numa conferência de imprensa, sem conseguir responder às questões dos jornalistas. Já no final de julho, o mesmo tinha acontecido, quando McConnell ficou bloqueado e não conseguiu responder a perguntas, desta vez no Capitólio.
Segundo o The New York Times, depois da avaliação médica de Monahan, o senador regressou ao trabalho. Na terça-feira, McConnell voltou ao seu escritório do Capitólio, momento em que o Senado recomeçou os trabalhos, depois da pausa para férias.
Os problemas de saúde de McConnell têm intensificado o debate sobre a idade dos senadores e dos políticos americanos no geral. O The Guardian recorda, a esse título, que os estudos de opinião nos Estados Unidos mostram uma maioria favorável à criação de um limite de idade para os cargos políticos — isto um ano antes de umas eleições que deverão voltar a colocar frente a frente Joe Biden e Donald Trump, com 80 e 77 anos, respetivamente.