O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, anunciou esta quinta-feira, em Jacarta, a abertura de uma embaixada indiana em Timor-Leste, no quadro de uma nova política para o leste asiático que abrange várias outras iniciativas.
O anúncio foi feito por Modi durante o debate à porta fechada da cimeira Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN)–Índia, uma das reuniões que coincide com a 43ª. Cimeira da ASEAN, que termina esta quinta-feira em Jacarta, segundo a imprensa da Índia.
Foi posteriormente confirmado numa publicação do porta-voz da diplomacia indiana, Arindam Bagchi, na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter.
Atuar no Leste em ação — De Deli para Díli. Na cimeira ASEAN-India em Jacarta, o primeiro-ministro anuncia a decisão de abrir a nossa embaixada em Timor-Leste”, escreveu.
O anúncio foi feito numa reunião onde, além dos líderes de nove dos 10 Estados da ASEAN (o Myanmar não pode participar), esteve igualmente presente o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, com Timor-Leste a ter o estatuto de observador na organização regional.
Durante a sua intervenção na cimeira, Modi considerou o envolvimento com a ASEAN “um pilar importante na política da Índia para o leste”, tendo apresentado um plano de 12 pontos para fortalecer a cooperação atual.
A ASEAN é o pilar central da política indiana ‘Act East’. A Índia apoia totalmente a centralidade da ASEAN e a visão da ASEAN sobre o Indo-Pacífico”, afirmou, considerando partilhar com a organização a necessidade de ampliar as vozes do sul e “garantir um Indo-Pacífico livre e aberto”.
O plano de 12 pontos revelado por Modi abrange áreas que vão desde a conectividade até a infraestrutura pública digital, com o estabelecimento de conectividade multimodal e de um corredor económico que ligue a Índia, o Sudeste Asiático, a Ásia Ocidental e a Europa.
Modi defendeu que se “levantassem coletivamente questões do Sul Global em fóruns multilaterais” e apelou a uma luta coletiva contra o terrorismo, o financiamento do terrorismo e a desinformação na Internet, à cooperação na gestão de catástrofes e ao reforço da colaboração em matéria de segurança marítima.