Os resultados também não ajudaram muito mas parece que não há nada que ajude Fernando Santos nesta nova aventura na Polónia que começou em 2023. Vejamos: quando andava a ser criticado pela imprensa por um alegado descontentamento dos jogadores perante métodos descritos como “militares”, a equipa estreou-se na qualificação com uma derrota frente à Rep. Checa onde já perdia por 2-0 em menos de cinco minutos; a seguir ao triunfo com a Albânia e quando ganhou um encontro particular à Alemanha, esteve a ganhar 2-0 na Moldávia mas perdeu e quase que estendeu a passadeira a mais um coro de críticas que vinham também de ex-internacionais; agora, antes de novo jogo duplo de apuramento para o Europeu, mais do mesmo.

Lewandowski levou a cabeça fria, Fernando Santos tinha o coração quente: Polónia vence Ilhas Faroé e reentra nas contas do apuramento

Ainda antes do encontro com as Ilhas Faroé, que a Polónia ganhou em Varsóvia com dois golos nos últimos 20 minutos, o treinador português não gostou de ser acusado de falta de respeito pela imprensa por algo do qual era alheio. “Alguém que me disse que os jornalistas disseram que era uma falta de respeito da minha parte ter chegado tarde à conferência de imprensa. E bem, também acho uma falta de respeito chegar atrasado a um compromisso. Só que não cheguei atrasado à conferência de imprensa! Estive dez minutos ali à porta à espera para entrar, até me dizerem para entrar. Se há coisa de que não gosto é de faltar ao respeito a ninguém, como também não gosto que me desrespeitem”, apontou Fernando Santos.

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Agora, na antecâmara de uma deslocação à Albânia de grande importância para as contas da qualificação com apenas seis pontos em 12 possíveis até ao momento, a polémica chegou por algo que aconteceu quando o treinador estava ainda à frente da Seleção Nacional. “No Mundial do Qatar, no dia seguinte ao jogo com o México, o Robert Lewandowski convidou os colegas para jantar no restaurante Nusr-et. A sua equipa de assessoria disse que o capitão estava a tentar criar ambiente de grupo. Afinal de contas, estava a convidar os colegas para comerem os bifes do famoso Salt Bae. Apareceram fotos, o ambiente foi fantástico, a narrativa circulou no mundo e, finalmente, a fatura foi para a Federação Polaca de Futebol. É um pouco clássico, não?”, denunciou um jornalista polaco, em mais um caso que remontava a novembro.

“Ouvi também um rumor, ou talvez não, de que a Federação Polaca de Futebol anda a espalhar coisas sem sentido de forma a afetar o Robert na véspera de um jogo importante de qualificação. Que coincidência! Como normalmente acontece com estes rumores, há pouco de verdade. Os factos são que o Robert pagou o jantar e nunca esperou qualquer reembolso da Federação. Insinuar que o Robert enviou a fatura à PZPN é uma mentira”, apontou o agente do avançado e capitão, Tomasz Zawislak. Por mais que se tente dar alguma calma, há sempre algo a mexer com a seleção da Polónia. E as notícias não ficarão por aí.

Apesar de ter começado melhor e ter visto um golo anulado a meio da primeira parte a Kiwior, que marcou na sequência de um livre lateral num lance em que estava ligeiramente adiantado no momento do desvio para a baliza (21′), a Polónia acabou por ficar em desvantagem com um grande golo de Asani, com um tiro de longe de pé esquerdo que entrou no ângulo sem hipóteses para Szczesny (37′). A perder, Fernando Santos optou por não mexer ao intervalo mas as entradas de Swiderski e Grosicki tiveram logo no minuto seguinte o segundo golo da Albânia por Daku (62′) que fechou as contas e deixou a Polónia na mesma no quarto lugar do grupo com seis pontos em cinco jogos, atrás de Albânia (dez), Rep. Checa (oito) e Moldávia (oito).