O ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro reuniu-se no ano passado com os chefes das Forças Armadas para falar da possibilidade de um golpe em caso de derrota nas eleições de outubro passado, segundo revelações de um assessor noticiadas esta quinta-feira.

Vários órgãos de comunicação social brasileiros informam esta quinta-feira que o coronel Mauro Cid, amigo pessoal e ex-assessor principal de Bolsonaro, teria confirmado estes encontros em depoimentos à Polícia Federal.

Cid afirmou ter estado presente nessas reuniões e que o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, disse a Bolsonaro que os seus homens estariam prontos para atender o pedido.

Por sua vez, o alto comando do Exército afirmou que não aderiria à suposta trama golpista, segundo o jornal O Globo.

As revelações de Cid fazem parte de um acordo de colaboração que alcançou com a Justiça, depois de ter sido detido em maio, no âmbito de uma operação de alegada manipulação de cartões de vacinação para poder contornar as restrições de circulação impostas pela pandemia do coronavírus.

Cid está imerso em várias causas mais notórias do ex-Presidente, e às duas referidas acima soma-se o escândalo das joias sauditas cujo processo de gestão no Palácio do Planalto, durante a presidência anterior, teria alegadamente sido feito de forma irregular, para garantir que aqueles presentes fossem vendidos ou incluídos como bens pessoais de Bolsonaro.

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