Se no hemisfério norte a neve cai com força, no sul o calor pode bater recordes. A mudança de estação traz mudanças no tempo, mas no Brasil e na Suécia não são as habituais nesta época do ano.

Uma onda de calor atingiu o Brasil nos últimos dias, naquela que é a última semana de inverno na América do Sul. Face à situação, que classificou como “perigosa”, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) do Brasil emitiu no início da semana um alerta laranja para todo o país, que se mantém até esta sexta-feira, e um alerta vermelho para nove estados até domingo. O Centro-Oeste é a região que se prevê que seja a mais afetada por esta massa de ar quente, que pode fazer com que os termómetros cheguem aos 45 graus, alcançando um recorde histórico.

De acordo com um comunicado da MetSul, a temperatura mais alta registada no Brasil foi de 44,8 graus em Nova Maringá, no estado de Mato Grosso, a 4 e 5 de novembro de 2020. Na altura, os termómetros bateram o antigo recorde de 2005, de 44,7 graus em Bom Jesus, no estado de Piauí.

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Durante o fim de semana que agora começa, a cidade de São Paulo — sob alerta vermelho até domingo — pode também bater recordes históricos de temperatura. O último dia mais quente foi registado em outubro de 2014, com os termómetros a alcançar os 37,8 graus. Este domingo podem chegar aos 39.

“Serão muitos dias de calor intenso a extremo no estado de São Paulo. Em alguns, a temperatura ficará perto ou acima de 40ºC no interior e na capital há chance de marcas tão altas quanto 37ºC a 39ºC. Assim, não se pode descartar que a cidade de São Paulo e outras cidades paulistas tenham recordes históricos de máximas não apenas para setembro como absolutos para toda a série histórica”, avançou a MetSul.

Para combaterem a onda de calor extremo, a Defesa Civil do Distrito Federal aconselha a população a beber água, usar protetor solar, evitar a prática de exercício físico durante as horas de maior calor e atenção redrobrada para crianças e idosos.

No norte da Europa, o inverno parece ter chegado mais cedo à Suécia, com a cidade de Kiruna, em Norrbotten, no norte do país, a registar recordes de neve para o mês de setembro.

Na quarta-feira de manhã, a cidade acordou coberta de branco com a neve a registar uma altura de 38 centímetros, a maior quantidade registada naquela região nesta época do ano nos últimos 91 anos. De acordo com o Instituto Meteorológico e Hidrológico da Suécia (SMHI), o recorde sueco de queda de neve no mês de setembro é de 62 centímetros em Sosjö, em Jämtland, e foi registado em 1954.

A queda antecipada de neve tem causado problemas no trânsito, na recolha de lixo e na entrega de jornais naquela região da Suécia. O SMHI emitiu um alerta amarelo para a queda de neve e vento forte no interior norte de Norrbotten.