A assembleia de credores da Groundforce aprovou esta quarta-feira o plano de insolvência da empresa de handling, com mais de 90% dos votos dos credores, adiantou à Lusa Fernando Henriques, do Sitava — Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos. Os votos contra foram de 35 trabalhadores, adiantou, dos mais de 2.400 que são credores.
O plano de insolvência da Groundforce contempla, entre várias medidas, a rescisão, por mútuo acordo, com cerca de 300 trabalhadores num período de dois anos após a homologação. Prevê ainda que a TAP se mantenha acionista da empresa de handling, com 49,9% do capital, numa fase inicial, cabendo o resto do capital à Menzies Aviation.
Insolvência da Groundforce. Rescisões dos contratos de trabalho serão amigáveis
O plano de pagamentos aos credores deverá prolongar-se até 2029, bem como um investimento adicional de 25,6 milhões de euros da Menzies, caso seja necessário. Os principais credores da Groundforce são a TAP e a ANA — Aeroportos de Portugal.
A TAP pediu em 2021 a insolvência da Groundforce, num processo cuja lista provisória de credores apontava, nessa altura, para cerca de 154 milhões de euros em dívidas. Posteriormente, segundo o plano, as dívidas reconhecidas fixaram-se em 136,2 milhões de euros.
Plano de insolvência da Groundforce prevê pagamentos a credores até 2029
Os maiores credores são a TAP e a ANA – Aeroportos de Portugal, com 15,5 milhões de euros de créditos e 12,8 milhões de euros, respetivamente. A Menzies prevê um investimento inicial de 12,5 milhões de euros na Groundforce.